Ainda corria o ano de
2012, quando, no período eleitoral, o então prefeito de Pau dos Ferros,
Leonardo Rêgo, esteve presente ao evento comemorativo da vitória de Mano e, por
ocasião daquela data, o herdeiro político do deputado estadual Getúlio Rêgo, em
seu discurso eloquente, relatava a situação em que ele, à época, havia recebido
a prefeitura aquela cidade polo do estado e, alertava para o quanto foi
traumático o início de sua gestão.
“A política não é diferente de qualquer outra
profissão, existem os bons, existem os corretos, existem os sérios, prefeito
agora eleito Mano, pense nisso: seja correto. Eu ingressei na vida pública por
vocação, mas para seguir uma lição que eu tive dentro de casa. Quem é educado
pra fazer coisa correta, ele trilha os caminhos corretos que os pais ensinaram,
e você Mano, é jovem, tem quarenta e dois anos de idade - eu quando fui
candidato a prefeito de Pau dos Ferros tinha apenas vinte oito anos de idade,
já estou com trinta e seis, na época citavam que minha juventude seria sinônimo
de incompetência e de falta de capacidade de trabalho e vocês que vão hoje a
Pau dos Ferros que é a cidade polo da região vão usufruir da prestação de
serviço daquela cidade, vocês sabem fazer diretamente um comparativo o que era
Pau dos Ferros antes e o que é Pau dos Ferros Hoje, não me preocupei com
medidas impopulares e sim com a cidade -, e é isso que você tem que ter em
mente como prioridade, que é cuidar da coletividade, da cidade como um todo”,
relatou Leonardo.
É com base nesse relato
do ex-prefeito de Pau dos Ferros, que agora, o prefeito Mano tem sua situação
semelhante a de Leonardo, uma vez que estes primeiros meses de gestão requerem
medidas duras, austeras e atendimento aos reclamos dos fiscais da sociedade
que, nesse caso, são os órgãos oficiais, especificamente, o Ministério Público
que, em recente ação, recomendou uma medida muito impopular, porém necessária,
que foi a exoneração de diversos servidores de Umarizal.
Mediante esse cenário,
o prefeito Mano, para não incorrer em crimes de improbidade administrativa,
precisou e ainda precisará tomar medidas de contenção de despesas, visando
enxugar a máquina pública, a fim de que possa estabelecer o equilíbrio fiscal obrigatório
aos municípios, conforme, ressalte-se, também, à época da já mencionada festa
de vitória de Mano, explicou Leonardo Rêgo.
“Eu assumi uma
prefeitura com vinte e dois milhões de reais de rombo, passei dois anos comendo
o pão que o diabo amassou, mas hoje, depois de uma trajetória de luta, depois
de dois anos de total desgaste, está lá, 85% de aprovação administrativa; um dos
prefeitos recordista de obras - eu fiz 168 obras na cidade, e dessas 168 obras
do município, foram 104 feitas com recursos próprios da prefeitura; eu disse que
recebi uma prefeitura com vinte e dois milhões de reais de rombo, mas entreguei
a cidade diferente do que eu peguei, passei a prefeitura com 6 milhões de
recursos próprios”, finalizou Leonardo Rêgo, deixando claro que a realidade de
um município do porte de Pau dos Ferros, certamente com maior número de
recursos, também, mesmo no momento de adversidade, como é o caso hoje
vivenciado pelo prefeito Mano, pode ser revertido de forma efetiva e contundente, de
modo que, para tanto, faz-se necessário começar desde os primeiros dias da
gestão, a modificar a dinâmica administrativa.
0 comentários:
Postar um comentário