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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Eduardo Bolsonaro debate anistia com alto escalão do Departamento de Estado dos EUA

Não é só em Brasília que a anistia tem dominado as reuniões políticas. Esse também foi o tema central do encontro realizado nesta quinta-feira (4) entre o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-apresentador da Jovem Pan, Paulo Figueiredo, com integrantes do alto escalão do Departamento de Estado dos Estados Unidos, em Washington.

Na reunião com o subsecretário de Diplomacia Pública da gestão Trump, Darren Beattie, e com o conselheiro sênior para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, Ricardo Pita, Eduardo falou sobre as iniciativas de políticos aliados de Jair Bolsonaro e do centrão para avançar com uma anistia ampla e irrestrita que beneficiaria seu pai. O deputado também citou nominalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo ele, atuam contra a proposta.

Eduardo afirmou às autoridades americanas que haveria ministros “ameaçando” congressistas para evitar que o tema prospere. O deputado também mencionou o julgamento de Jair Bolsonaro e aliados, iniciado nesta semana, na Primeira Turma do STF, por tentativa de golpe.

Como informoo o GLOBO, ministros avaliam como remota a possibilidade de avanço de um eventual projeto que conceda anistia a envolvidos em atos golpistas e que tenha Jair Bolsonaro entre os beneficiados. Na avaliação dos magistrados, caso um perdão seja aprovado no Congresso, a medida será judicializada e considerada inconstitucional pela corte.

A agenda foi considerada um gesto da gestão Donald Trump, demonstrando que continua acompanhando os desdobramentos políticos no Brasil — tanto na esfera jurídica, com o julgamento do ex-presidente, quanto na legislativa, com os debates sobre a anistia.

Em uma publicação feita no mês passado, o subsecretário Darren Beattie fez uma postagem nas redes sociais alertando ministros do STF a não apoiarem o ministro Alexandre de Moraes. Já o conselheiro Ricardo Pita teve uma agenda com Jair Bolsonaro em maio, quando esteve em Brasília.

O Globo

Oposição articula projeto de anistia que pode devolver elegibilidade a Bolsonaro

A oposição na Câmara dos Deputados articula uma minuta de projeto de lei de anistia mais ampla, que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elegível novamente. O texto, ao qual a CNN Brasil teve acesso, prevê perdão para atos cometidos desde 14 de março de 2019, data de abertura do inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF).

A proposta abrange cidadãos que tenham sido ou possam vir a ser investigados, processados ou condenados por ataques a instituições públicas, descrédito ao processo eleitoral, incentivo à polarização política e participação em manifestações semelhantes. O perdão incluiria ainda financiadores, incentivadores e quem participou de acampamentos em frente a quartéis ou dos atos de 8 de janeiro de 2023.

Caso aprovada, a lei determinaria o arquivamento de investigações e processos em curso, além de afastar automaticamente as inelegibilidades já declaradas. Isso beneficiaria diretamente Bolsonaro, que hoje está impedido de disputar eleições até 2030 após decisão do TSE, que o condenou por abuso de poder político.

O tema foi discutido nesta semana pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro. As negociações seguem em andamento, enquanto no Senado tramita uma versão mais restrita da anistia, que não agrada à oposição.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Líderes de partidos de oposição já contam com 300 votos pró-anistia na Câmara

Líderes partidários da Câmara, contando com centro e oposição, estão desde o início da semana com planilhas na contagem de votos para aprovar o projeto que pode anistiar os presos pela quebradeira do 8 de janeiro de 2023.

O clima é de otimismo: 300 votos. Por mais que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), negue, as negociações para que a proposta seja pautada vêm desde a ocupação da Mesa Diretora da Câmara e do Senado, e pode sair ainda em setembro.

Diário do Poder

“Meu futuro político está totalmente entregue a Deus”, diz ex-primeira-dama

Cotada como candidata da direita nas eleições presidenciais de 2026, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse à CNN estar focada atualmente na situação de sua família e afirmou ter entregado seu futuro na política “à vontade de Deus”, sem descartar nenhuma possibilidade.

“Muitos me perguntam sobre eleições. No momento, não estou pensando em eleições”, comentou Michelle, ao ser questionada sobre o papel que tem desempenhado na direita brasileira.

Sua prioridade, acrescentou a ex-primeira-dama, é a situação de Jair Bolsonaro (PL) e da família diante de “toda essa perseguição” — como ela se refere ao julgamento do ex-presidente e dos réus acusados de liderar uma tentativa de golpe de Estado.

Michelle relatou estar empenhada em ampliar a participação das “mulheres de bem” na política, por meio de atividades do PL Mulher e de iniciativas como o Projeto Alicerça Brasil, que busca alavancar candidaturas femininas do partido com apelo ao público conservador e evangélico.

“O meu futuro está totalmente entregue à vontade de Deus”, disse Michelle, evitando uma resposta taxativa sobre uma possível entrada sua na corrida presidencial de 2026.

Como mostrou a CNN, interlocutores avaliam que o ex-presidente poderá escolher Michelle como candidata ao Planalto em 2026, apesar do apoio cada vez mais explícito do Centrão e de empresários ao nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o nome da direita para 2026.

A percepção é que o ex-presidente, embora demonstre apreço por Tarcísio, teme ser escanteado caso seu aliado se eleja.

CNN

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

CECANE atesta qualidade da merenda escolar da rede municipal de Olho D’água do Borges

Entre os dias 25 e 29 de agosto, o município de Olho D’água do Borges recebeu a visita do CECANE (Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar). A equipe veio prestar assistência técnica e realizar o monitoramento da merenda escolar da rede municipal de ensino.

Durante a visita, foi constatado que os cardápios oferecidos aos estudantes são planejados de forma equilibrada, contemplando frutas, verduras e legumes — alimentos essenciais para o fornecimento de vitaminas, minerais e fibras, que fortalecem a imunidade e contribuem para a formação de hábitos saudáveis desde a infância.

No caso do ensino em tempo integral, a legislação determina a oferta mínima de três refeições diárias. Em Olho D’água do Borges, no entanto, os estudantes recebem entre três e cinco refeições por dia, de acordo com a realidade de cada escola. Essa medida garante energia, disposição e bem-estar para que aprendam com qualidade. Além disso, os cardápios são adaptados para cada modalidade de ensino — educação infantil, ensino fundamental e EJA — respeitando as necessidades nutricionais específicas de cada faixa etária, como estabelece a lei.

Um dado pouco conhecido é que o valor repassado pelo Governo Federal por aluno é bastante reduzido. Por isso, a Prefeitura investe recursos próprios para complementar esse valor, assumindo a maior parte dos custos da merenda escolar. Isso porque entende que a alimentação dos estudantes não é despesa, mas prioridade.

Outro ponto positivo é a articulação em andamento com agricultores familiares do município para a compra direta de alimentos de origem vegetal. Essa iniciativa valoriza o produtor rural local, fortalece a economia e amplia a qualidade e diversidade dos alimentos servidos.

A merenda escolar do município conta diariamente com fontes de proteína — como ovos, frango, verduras, carne moída e feijão —, alimentos acessíveis, nutritivos e fundamentais para uma dieta equilibrada.

Assim, a alimentação escolar em Olho D’água do Borges é planejada com responsabilidade, seguindo a legislação e as orientações nutricionais, sob supervisão técnica e com investimento conjunto da Prefeitura e do Governo Federal. Todo esse esforço é somado ao trabalho diário dos profissionais da educação e da alimentação, garantindo comida de verdade e saúde para nossas crianças.

União Brasil e PP oficializam decisão de deixar o governo Lula; ministros devem sair

O União Brasil e o PP, agora unidos na federação União Progressista, anunciaram, nesta terça-feira (2) o desembarque oficial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A saída, segundo líderes, deverá ser feita imediatamente. “Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal. Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no estatuto. Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”, anunciou a federação

O principal dilema está entre os ministros correligionários tanto do PP como do União dizem que eles resistem a entregar a pasta.

Neste momento, o União tem o controle de três pastas – Celso Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Regional) na Esplanada dos Ministérios e o PP tem uma – André Fufuca (Esporte).

Parlamentares do União argumentam que, na verdade, o partido encabeça apenas um ministério, com Sabino, enquanto as outras indicações teriam partido pessoalmente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Sabino cogita, inclusive, pedir licença ou sair do União Brasil para preservar o cargo de ministro do Turismo.

Tanto PP e União já vem ensaiando essa saída do governo há algum tempo. Em ato que selou a aliança dos dois partidos, no meio de agosto, lideranças de ambas as siglas fizeram críticas a Lula, causando constrangimento a Fufuca, que esteve presente.

A nível pessoal, o próprio Fufuca disse que está com Lula. “Meu voto pessoal é dele (Lula)”, disse o ministro naquele dia.

Ciro Nogueira e Antonio Rueda já negociam com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a anistia e eleições de 2026.

Estadão Conteúdo

terça-feira, 2 de setembro de 2025

José Agripino tenta se impor como “bam-bam-bam” da política potiguar

Observadores políticos avaliam que o presidente estadual do União Brasil, José Agripino, anda se comportando como se ainda tivesse mandato, tentando ditar rumos e impor uma chapa majoritária para 2026. Sua mais nova empreitada é convencer o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, a disputar o Senado ao lado do prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra que já tem Zenaide Maia.

A movimentação, no entanto, tem sido vista como inoportuna e desgastante. Todos sabem que o grupo formado por Rogério Marinho, Styvenson Valentim, Álvaro Dias e Paulinho Freire não aceita essa composição. A postura de Agripino não tem sido de adesão ao grupo da direita no Rio Grande do Norte, mas de adesão exclusiva ao seu candidato, Alysson.

Na prática, Agripino mostra mais interesse em se colocar como articulador e “dono da bola” do que em construir uma unidade real. Resultado: em vez de fortalecer, suas articulações tendem a aprofundar ainda mais as divisões no campo oposicionista potiguar.

Michelle Bolsonaro abre 12 pontos sobre Lula, diz Instituto de Pesquisa

Em pesquisa divulgada pelo Gerp, Michelle Bolsonaro (PL) lidera a disputa pelo segundo turno com 56% das intenções de voto, enquanto Lula (PT) aparece com 44%. O levantamento foi realizado entre os dias 22 e 27 de agosto com 2.000 entrevistados e apresenta margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

Segundo o instituto, a ex-primeira-dama teria destacado 12 pontos de crítica ao ex-presidente, reforçando a estratégia da campanha neste momento decisivo.

O levantamento mostra ainda a consolidação da corrida eleitoral para o segundo turno, com a campanha de Michelle ganhando força em diferentes regiões do país.

Governo Trump prepara novas medidas contra o Brasil

Os Estados Unidos preparam medidas contra o Banco do Brasil e contra as importações da Rússia, além de contestação dos argumentos do governo e das empresas brasileiras em relação à tarifa de 50%.

As informações são de diversas fontes consultadas pela CNN em Washington. A situação é fluida e depende do presidente Donald Trump, que pode mudar de planos.

Na tarde desta segunda-feira (1º), a sanção mais iminente parece ser contra o BB (Banco do Brasil), segundo o relato de uma dessas fontes. O contexto é o do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, nessa terça-feira (2).

Ao aplicar a Lei Magnitsky, em 30 de julho, o Departamento do Tesouro americano se municiou para punir com sanções econômicas instituições que prestem serviços ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No dia 18 de agosto, o ministro Flavio Dino, também do STF, determinou, ao julgar outro caso, que “leis, decisões judiciais, decretos ou ordens executivas de outros países não têm eficácia no Brasil a não ser que sejam homologados pela Justiça brasileira ou aprovados conforme a Constituição e as leis nacionais”.

No dia seguinte, o BB emitiu comunicado afirmando que “atua em plena conformidade à legislação brasileira, às normas dos mais de 20 países onde está presente e aos padrões internacionais que regem o sistema financeiro”, e acrescentou que “está preparado para lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais”.

Em 21 de agosto, uma instituição financeira cancelou o cartão Mastercard do ministro, segundo informações do mercado. No mesmo dia, o BB teria oferecido a Moraes um cartão da bandeira brasileira Elo. Essa é a justificativa para o Tesouro americano adotar medidas contra o banco estatal.

Nesses casos, os EUA costumam impor multas aos “transgressores”. O caso mais notório foi o do banco francês BNP Paribas , acusado de violar sanções americanas ao transacionar bilhões de dólares com entidades sancionadas do Sudão, Irã e Cuba. Em julho de 2014, o BNP Paribas se declarou culpado e foi condenado a pagar US$ 9 bilhões em multas, e a cinco anos de liberdade condicional corporativa.

Já o banco britânico Standard Chartered foi multado três vezes. Em 2012, o regulador do estado de Nova York (DFS) acusou o banco de ocultar transações com o Irã, impondo multa de US$ 340 milhões. Uma nova condenação, por negócios com Irã, Mianmar, Líbia e Sudão, levou a outra multa, de US$ 327 milhões.

Em 2019, o Standard Chartered foi multado mais uma vez, em US$ 1,1 bilhão, por causa de negócios com Mianmar, Zimbábue, Cuba, Sudão, Síria e Irã, e deficiências nos controles de lavagem de dinheiro.

CNN

CPMI do INSS encaminha ao STF pedido de prisão preventiva contra 21 pessoas

Em uma clima tenso entre governistas e oposição, a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aprovou encaminhar ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de prisão preventiva contra 21 pessoas supostamente envolvidas no esquema de descontos a aposentadorias e prisões.

A demanda foi encaminhada ao ministro André Mendonça, que é relator da matéria no STF, a quem cabe decidir sobre o cumprimento do pedido. Entre os nomes está o de Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

José Agripino trava união da direita ao inflar candidatura de Alysson Bezerra

Observadores políticos avaliam que o presidente estadual do União Brasil, José Agripino Maia, se tornou o maior entrave para a união da direita no Rio Grande do Norte. O ex-senador, que hoje não detém mandato, tem incentivado abertamente o projeto do prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra, rumo ao governo do Estado em 2026.

Enquanto nomes de peso da oposição como Rogério Marinho, Álvaro Dias, Styvenson Valentim e Paulinho Freire buscam diálogo e construção de uma frente única, Alysson prefere o caminho do isolamento. O prefeito mossoroense, estimulado pelo apoio de Agripino, exibe cada vez mais egocentrismo e ignora a necessidade de articulação política.

O resultado é uma oposição fragmentada, com risco de repetir erros do passado. Analistas lembram que José Agripino já foi figura central em alianças estratégicas no RN, mas hoje, sem mandato, atua como patrocinador de um projeto pessoal que pode custar caro à direita potiguar.

Do Robson Pires

“Nunca me senti melhor na vida”, diz Trump após boatos sobre morte

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump falou sobre a saúde dele neste domingo (31) após boatos falsos de que teria morrido.

Em uma postagem na rede social Truth Social, o republicano disparou: “Nunca me senti melhor na minha vida”.

Trump ainda escreveu que “(Washington) DC é uma zona livre de crime”.

Fim de semana de folga jogando golfe

Trump viajou da Casa Branca neste domingo (31) para seu clube de golfe na Virgínia pelo segundo dia consecutivo.

No sábado (30), o republicano foi alvo de uma onda de boatos nas redes sociais que diziam que ele teria morrido.

De acordo com dados do Google Trends, tanto no Brasil quanto nos EUA, o termo “Trump” e buscas relacionadas como, por exemplo, “Donald Trump morreu?” registraram aumento de 1000% nas últimas 11 horas e lideram em volume de pesquisa. Os termos também apareceram entre os “Assuntos do Momento” na rede social X.

Apesar do frenesi nas redes, Trump foi visto no próprio sábado pelo pool de repórteres da Casa Branca ao embarcar no comboio presidencial para jogar golfe em seu campo privado, na Virgínia, neste fim de semana de feriado do Dia do Trabalho nos EUA.

CNN Brasil

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Governo envia Orçamento em meio a dilema entre arcabouço e agenda política

O Executivo apresenta nesta sexta-feira (29) ao Congresso o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026, considerado o mais importante do atual governo. A peça será o fio condutor das contas públicas em pleno ano eleitoral, quando a pressão por gastos se intensifica e a credibilidade fiscal fica em cheque.

Mais que uma formalidade constitucional, a proposta se transforma em um termômetro político. O texto vai expor como o governo pretende equilibrar a promessa de superávit com as pressões por mais investimentos e emendas parlamentares, em meio a discussões sobre equilíbrio fiscal e cortes de benefícios.

O texto deve detalhar a meta fiscal, projeções macroeconômicas e prioridades de despesa do próximo ano, como os valores do salário mínimo, do Bolsa Família e espaço para as políticas carro-chefe para o próximo ano.

O texto é elaborado a partir das diretrizes já definidas no PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias), entregue em março, e servirá de base para o debate orçamentário até a votação final, prevista para dezembro.

A proposta vai projetar um resultado primário de superávit, em 0,25% do PIB para o próximo ano, conforme fixado no PLDO, além de apresentar receitas suficientes para cumprir a regra. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não há previsão de o texto trazer medidas adicionais de receita.

A apresentação precisa considerar a meta cheia, sem apoio na banda inferior permitida pelo arcabouço fiscal, em 0,25% do PIB de superávit ou de déficit, equivalente a cerca de R$ 34 bilhões.

Também entram em jogo as despesas com precatórios, que podem ser retiradas do cálculo para a checagem da meta, abrindo espaço no resultado oficial — já que a regra estabelecida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) vale até 2027.

Para fechar as contas, a equipe econômica deve apostar em medidas em tramitação, como corte de benefícios tributários, mudanças na tributação de investimentos e antecipações ligadas ao petróleo.

Os últimos acontecimentos, como o tarifaço de Donald Trump às exportações brasileiras, e uma megaoperação que identificou lavagem de bilhões de reais ligados ao PCC, e a posição do governo frente a isso, deram mais fôlego político ao presidente Lula para o pleito de 2026.

A expectativa é de que o texto seja enviado à tarde, com possível coletiva técnica para explicar os números à imprensa — que pode ficar para a segunda-feira (1º), como já aconteceu em outros casos.

CNN

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Presidente do União responde a Lula e menciona ‘força política que não se submete ao governo’

O presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, respondeu a cobranças do presidente Lula a ministros da legenda. Em publicação nas redes sociais, Rueda afirmou que as declarações do petista apenas reforçam “a importância de uma força política que não se submete ao governo”.

A reação ocorreu após reunião ministerial em que Lula cobrou lealdade de ministros filiados ao União Brasil e ao PP, que formaram recentemente a federação União Progressista. Como mostrou o Estadão, Lula disse ter ficado indignado ao ver Rueda falar mal dele na cerimônia de anúncio da federação sem que nenhum ministro o defendesse.

O presidente também admitiu não gostar de Rueda, o que foi mencionado na publicação do presidente do União. “Na democracia, o convívio institucional não se mede por afinidades pessoais, mas pelo respeito às instituições e às responsabilidades de cada um. O que deve nos guiar é a construção de soluções e não demonstrações de desafeto”, escreveu.

No encontro de ontem, Lula avisou que quem não estiver confortável em permanecer na equipe deve deixar a Esplanada, mas ressaltou que espera manter relação de amizade com aqueles que eventualmente saírem. O presidente ainda pediu neutralidade na disputa de 2026, caso alguns não apoiem sua candidatura no primeiro turno.

O embate ocorre em meio a movimentos internos da federação em defesa da saída de seus quadros do governo. O União Brasil controla três pastas: Turismo, com Celso Sabino; Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho; e Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes – os dois últimos são indicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e não integram a sigla. Já o PP ocupa a pasta do Esporte, chefiada por André Fufuca.

O grupo formado pela federação ainda não apresenta consenso sobre a decisão de integrar ou deixar o governo federal. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), já defendeu o desembarque do governo Lula “o mais rápido possível”. Já Alcolumbre usou um tom conciliador ao dizer que a União Progressista não é nem governo nem oposição.

UOL

Presidente e relator da CPMI do INSS pedem a Mendonça acesso a inquéritos

O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), e o relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), se reúnem na noite desta quarta-feira, 27, com o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro ocorre na Corte.

O objetivo dos parlamentares é pedir ao magistrado acesso da CPMI aos inquéritos que tramitam no Supremo sobre os descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. Mendonça é o relator das investigações.

A expectativa de Viana e Gaspar é que o compartilhamento das informações possa agilizar os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que já acumula cerca de mil requerimentos de informações apresentados por seus membros.

“Tenho certeza que o que for possível, será feito. Isso vai fazer com que a CPMI avance com muita rapidez”, afirmou o presidente do colegiado.

Na manhã de quinta-feira, 28, a CPMI fará sua terceira reunião. Estão previstos a votação de requerimentos, a oitiva de Patrícia Bettin Chaves, coordenadora da Câmara de Coordenação

e Revisão Previdenciária da Defensoria Pública da União (DPU), e uma oitiva secreta do delegado da Polícia Federal (PF) Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi.

Na última terça-feira, 26, a CPMI aprovou convites a todos os ministros da Previdência Social desde 2015 e a convocação tanto dos presidentes do INSS desde aquele ano como do lobista e operador financeiro conhecido como “Careca do INSS“, para prestarem depoimentos. Além disso, a convocação de presidentes de associações de Acordo de Cooperação Técnica (ACT), dos presidentes da Dataprev e do empresário Maurício Camisotti – vinculado a lobistas.

E o irmão do presidente Lula?

O líder da oposição no Congresso, senador Izalci Lucas (PL-DF), disse na terça, em entrevista a O Antagonista, que é “indispensável” convocar Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT) e vice-presidente do Sindnapi, para prestar depoimento na CPMI do INSS.

Segundo Izalci, Frei Chico precisa ser convocado por vários motivos. “Primeiro, o sindicato que ele é vice-presidente cresceu de arrecadação de 23 milhões de reais para 154 milhões de reais. Há uma instrução normativa do INSS proibindo, e isso está sendo desrespeitado, que qualquer parente de segundo grau de poder de mando não poderia compor nenhuma associação nem sindicato. Então, o irmão do presidente Lula não poderia estar como vice-presidente dessa instituição com vínculo com o INSS”.

Ele prosseguiu: “Está desrespeitando uma instrução normativa do INSS. E, além disso, explicar porque ou teve muita falcatrua, como aconteceu em outras, ou houve realmente o poder político por ser irmão do presidente. Então é indispensável”.

Ainda de acordo com o senador, entidades que deveriam ser investigadas pela Polícia Federal por causa do esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões não estão sendo.

“Ficou fora os principais. A Contag está fora, o sindicato do irmão do presidente está fora das investigações. E nós estamos vendo aí a devolução dos recursos com dinheiro público, e essas entidades sequer sendo investigadas. Então a CPMI agora vai ter que investigar ponto a ponto”, declarou o senador.

Porém, por enquanto, não há data prevista para que a comissão vote um requerimento de convocação de Frei Chico.

O Antagonista

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

José Agripino acirra a briga entre Nilda e Kátia Pires em Parnamirim

Do ponto de vista pessoal, José Agripino Maia até lamentou o rompimento entre a prefeita Professora Nilda e a vice-prefeita Kátia Pires, mas politicamente não titubeou: garantiu que Kátia e sua filha, a vereadora Carol Pires, continuam com a confiança do União Brasil para comandar o partido em Parnamirim.

Sem mandato e tentando posar como “fiador” de alianças políticas, Agripino chegou a insinuar que foi o grande responsável pela vitória de Nilda, passando a impressão de que a prefeita deve sua eleição a ele. Ao se pronunciar, ignorou por completo as ponderações da primeira-dama Nina Souza — hoje uma das vozes mais influentes na gestão — e já cuidou de tomar partido ao lado de Kátia.

Na prática, Agripino tenta se colocar como árbitro de um jogo em que não tem mais força eleitoral, mas ainda busca manter sua influência às custas de tensionar a relação entre prefeita e vice.

Robson Pires

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta rejeição da maioria do eleitorado paulista, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27) pela Paraná Pesquisas. Segundo o levantamento, 58,2% dos entrevistados desaprovam o governo, enquanto 38,1% afirmam aprová-lo. Outros 3,7% não souberam responder.

Quando a avaliação é detalhada, 40,2% classificam a administração como “péssima” e 8,5% como “ruim”. Já 16,5% consideram o governo “bom” e 11,6% o avaliam como “ótimo”. Para 22,0%, a gestão é “regular”. Apenas 1,3% preferiram não opinar.

O levantamento ouviu 1.680 eleitores com 16 anos ou mais em 85 municípios paulistas, entre os dias 21 e 24 de agosto. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Com informações do Poder 360

José Agripino é apontado como pivô da desunião da direita no RN

Se há um nome responsável pela falta de unidade da direita no Rio Grande do Norte, ele atende por José Agripino Maia. Sem mandato e vivendo apenas do título de presidente estadual do União Brasil, Agripino insiste em posar como líder político, embora não tenha hoje força eleitoral no estado.

Para manter seu imaginário poder, ele age nos bastidores estimulando a candidatura do prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra, ao governo do RN — uma imposição que divide a oposição e contraria o alinhamento de Rogério Marinho, Álvaro Dias e Styvenson Valentim.

O detalhe é que até mesmo o prefeito de Natal, Paulinho Freire, aliado do trio e filiado ao União Brasil, fica numa situação delicada diante da postura de Agripino, que em vez de fortalecer o bloco oposicionista, acaba alimentando ainda mais a desunião.

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Rogério Marinho recebe Álvaro Dias em Brasília e consolida bloco oposicionista no RN

O senador Rogério Marinho (PL) recebeu em seu gabinete, em Brasília, o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias. A reunião reforçou o alinhamento político entre os dois e projetou os próximos passos da oposição no Rio Grande do Norte.

Segundo Álvaro, o encontro serviu para discutir o cenário nacional e reafirmar o entendimento no plano estadual. Ele destacou que a caminhada será conjunta nas eleições de 2026, ao lado também do senador Styvenson Valentim, que já integra o bloco oposicionista no RN.

Além disso, o grupo conta com o prefeito de Natal, Paulinho Freire, consolidando uma frente política que promete disputar com força o comando do Estado nas próximas eleições.

Robson Pires

Israel rebaixa relações com o Brasil e ficará sem embaixador no país

Israel decidiu rebaixar as relações diplomáticas com o Brasil, após o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não aprovar a nomeação de um novo embaixador israelense em Brasília. A decisão aconteceu nesta segunda-feira (25).

Segundo nota da chancelaria israelense, divulgada pelo jornal The Times of Israel, Tel Aviv decidiu retirar o pedido de agrément do embaixador Gali Dagan, após Brasília ignorá-lo por meses.

“Após o Brasil, excepcionalmente, se abster de responder ao pedido de agrément do embaixador Dagan, Israel retirou o pedido, e as relações entre os países agora são conduzidas em um nível diplomático inferior”, disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Desde o último dia 12 de agosto, a representação diplomática israelense no Brasil está sem diplomata. O cargo está vago após o embaixador Daniel Zonshine, que ocupou o posto desde 2021, se aposentar.

Indicação

Em janeiro deste ano, o ex-embaixador de Israel na Colômbia, Gali Dagan, foi indicado pelo governo israelense para assumir a chefia da embaixada no Brasil.

O governo brasileiro, no entanto, não aprovou a indicação em meio ao distanciamento diplomático entre Brasil e Israel — e as críticas do presidente Lula sobre a violência contra palestinos na Faixa de Gaza.

Até o momento, o Itamaraty ainda não se manifestou sobre a decisão de Israel.

Metrópoles