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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

União Brasil e PP registram federação no TSE — e viram o jogo para 2026

União Brasil e Progressistas finalmente tiraram do papel a federação partidária e protocolaram nesta quinta-feira (4/12) o pedido oficial no Tribunal Superior Eleitoral. A nova aliança, batizada de União Progressista (UP), promete reorganizar forças no campo da centro-direita nacional — justamente no momento em que o governo Lula tenta ampliar sua base.

O documento entregue ao TSE aponta que a federação será comandada por dois nomes de peso: o senador Ciro Nogueira, figura central do PP, e Antônio de Rueda, dirigente do União Brasil. Eles dividirão a presidência da nova estrutura, que funcionará como um único partido nas eleições.

Apesar do protocolo, o casamento político ainda precisa do aval final do TSE. A federação já havia sido anunciada em abril, em uma cerimônia no Salão Negro do Congresso, em Brasília, mas só agora avança para a fase decisiva.

Na prática, a UP deve fortalecer candidaturas de oposição ao PT em vários estados — inclusive no Nordeste, onde partidos aliados de Lula tentam se segurar. O movimento também repercute em Natal, onde o União Brasil e o PP têm atuação relevante e podem ganhar mais musculatura para 2026.

Repasses a Lulinha teriam ocorrido por empresa em Portugal, aponta relato à PF

O relato de um ex-funcionário da World Cannabis, empresa ligada ao lobista Antonio Carlos Camilo Antunes — conhecido como Careca do INSS — trouxe novos detalhes para as investigações sobre possíveis repasses ao filho do presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Segundo Edson Claro, que trabalhou em um escritório da companhia em São Paulo, pagamentos teriam sido feitos em Portugal por meio de uma empresa de maconha medicinal. Ele menciona valores que chegariam a R$ 25 milhões e ainda uma “mesada” de R$ 300 mil, embora afirme não possuir provas materiais.

A World Cannabis pertence ao Careca do INSS e ao filho dele. O lobista está preso desde setembro, acusado de atuar como intermediário em um esquema bilionário de fraudes envolvendo descontos indevidos em milhões de aposentadorias no INSS. Em seus relatos, Claro também citou Roberta Luchsinger, herdeira de família suíça ligada ao PT, que teria servido de ponte entre o lobista e o entorno de Lulinha, recebendo inclusive presentes de Antunes.

As informações de Claro foram compartilhadas com membros da CPMI do INSS, incluindo o relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG). O ex-funcionário afirma ter deixado a empresa após a Operação Sem Desconto, deflagrada em abril pela Polícia Federal, e diz ter sido ameaçado ao tentar reaver bens sob posse do lobista. Procurado, ele preferiu não comentar; Lulinha, que se mudou para Madri neste ano, também não se manifestou.

Apesar das suspeitas levantadas, a CPMI barrou ontem (4) a convocação de Lulinha. Por 19 votos a 12, membros da comissão rejeitaram o pedido apresentado pelo partido Novo, que aponta possível ligação entre operadores do esquema e pessoas próximas ao filho do presidente. Um dos casos mencionados envolve o dirigente petista Ricardo Bimbo, que recebeu mais de R$ 8,4 milhões de uma empresa investigada e, no mesmo período, quitou um boleto destinado ao contador de Lulinha.

Com informações do Metrópoles

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Direita reage e vê “blindagem” do STF após decisão de Gilmar Mendes sobre pedidos de impeachment

A decisão do ministro Gilmar Mendes que restringe a apresentação de pedidos de impeachment contra magistrados do STF gerou forte reação entre parlamentares de direita no Congresso. Para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, a medida ocorre justamente no momento em que o grupo intensifica articulações para eleger uma bancada robusta ao Senado em 2026 — movimento visto como essencial para destravar denúncias já existentes contra ministros da Corte.

A informação é de William Waack, da CNN. Pela liminar, apenas a Procuradoria-Geral da União poderá protocolar pedidos de impeachment, e sua abertura no Senado passará a exigir apoio de dois terços dos senadores, elevando significativamente o grau de dificuldade. Oposição e lideranças conservadoras classificam a decisão como uma tentativa de “autoproteção” do Supremo diante da possibilidade de uma mudança no cenário político a partir de 2027. Rogério Marinho (PL-RN), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Esperidião Amin (PP-SC) criticaram publicamente o que chamam de “usurpação de prerrogativas” do Legislativo.

O impacto foi imediato no Congresso. A decisão surpreendeu até governistas e levou senadores a acelerar PECs que restabeleçam o direito de qualquer cidadão apresentar denúncias contra ministros, além de propostas que limitam decisões monocráticas e criam mandatos para integrantes do STF. Hoje, há ao menos 47 pedidos de impeachment parados, a maioria contra Alexandre de Moraes.

Para parlamentares, a liminar fere a separação de Poderes e retira atribuições do Senado. Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) reuniu líderes partidários logo após tomar conhecimento da decisão e criticou duramente a medida no plenário, defendendo mudanças para impedir que um único ministro suspenda, sozinho, leis aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente da República.

Com informações da CNN

Cadu diz que Walter “vai correr por nós” e afasta bomba fiscal no governo Fátima

O secretário da Fazenda, Cadu Xavier, negou que a gestão da governadora Fátima Bezerra vá deixar uma “bomba fiscal” para o vice-governador Walter Alves assumir a partir de abril. Em entrevista à 98 FM, ele afastou qualquer possibilidade de explosão nos gastos com pessoal e tratou como especulação a versão de que Walter não assumiria o comando do Estado por causa da crise fiscal.

Fátima já anunciou que renuncia em abril para disputar o Senado, e surgiram rumores de que o vice não toparia assumir, o que empurraria o governo para a Assembleia Legislativa ou para o Tribunal de Justiça, com necessidade de eleição indireta. Cadu classificou essa narrativa como absurda. Segundo ele, um colapso na gestão “desmoronaria tanto a candidatura dele quanto a de Fátima”, e por isso “não interessa a ninguém” dentro do grupo.

O secretário usou uma metáfora esportiva para explicar a transição: “A governadora vai passar o bastão para Walter, mas a corrida é até o final. Ele vai correr pela gente”, afirmou, reforçando que o objetivo é preservar o funcionamento da máquina pública e não criar dificuldades artificiais para o sucessor.

Cadu também afastou a possibilidade de estouro na folha salarial em 2026. “Seria uma irresponsabilidade sem tamanho aumentar a folha de R$ 1 bilhão para R$ 1,3 bilhão”, disse, rebatendo estimativas que circularam em redes e parte da imprensa.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Correios travam empréstimo de R$ 20 bilhões com juros abusivos de 136% do CDI

Os Correios suspenderam nesta terça-feira (2) a negociação de um empréstimo de R$ 20 bilhões com bancos, depois de perceberem que os juros cobrados eram altos demais. A operação previa taxas próximas a 136% do CDI, acima do limite de 120% considerado seguro pelo Tesouro Nacional para empréstimos com garantia da União.

A decisão veio após reunião entre o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, e integrantes do Ministério da Fazenda. Embora os Correios não dependam diretamente da União, o Tesouro avisou que não apoiaria a operação se os custos ultrapassassem o limite de 120% do CDI — índice usado como referência para empréstimos entre instituições financeiras e operações garantidas pelo governo.

A tentativa de crédito fazia parte do Plano de Reestruturação da empresa e havia sido aprovada pelo Conselho de Administração na última sexta-feira (28). Mas a estatal amarga prejuízos bilionários: no primeiro semestre de 2025, o rombo foi de R$ 4,37 bilhões, contra R$ 1,35 bilhão no mesmo período do ano passado. Só no segundo trimestre, o déficit chegou a R$ 2,64 bilhões.

A crise foi tão profunda que levou o ex-presidente dos Correios, Fabiano Silva, a entregar sua renúncia ao Palácio do Planalto em julho. Agora, a empresa precisa encontrar alternativas para equilibrar as contas sem se enforcar com juros abusivos e sem depender demais do governo federal.

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Governo de Lula cria 8 mil cargos e vai gastar R$ 4,2 bilhões por ano com servidores

O Governo Federal anunciou um pacote de reestruturação de carreiras do funcionalismo que deve impactar cerca de 200 mil servidores ativos e aposentados. O projeto prevê a criação de 8.825 novos cargos, reajustes salariais e reorganização interna de órgãos federais, com custo anual estimado em R$ 4,2 bilhões, já previsto no orçamento de 2026. A proposta será enviada ao Congresso nos próximos dias.

A medida vai mexer em mais de 20 áreas, incluindo universidades federais, MEC e forças de segurança do Distrito Federal e de policiais militares dos ex-territórios (Amapá, Rondônia e Roraima), segundo informações do Metrópoles.

O governo quer reduzir diferenças salariais, criar uma carreira administrativa uniforme e transformar quase 10 mil cargos vagos em 7.937 novas funções, principalmente na carreira transversal de Analista Técnico do Poder Executivo (ATE), voltada a funções de apoio como contabilidade, comunicação social e biblioteconomia.

Entre os pontos polêmicos estão os reajustes para a Receita Federal e Auditoria Fiscal do Trabalho, além do aumento do bônus de aposentados desses grupos, temas que prometem debate intenso no Congresso em meio ao aperto fiscal.

No MEC, médicos e veterinários terão remuneração ajustada, e técnicos administrativos podem ter progressão salarial baseada em experiência prática, via Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), mas só se houver dinheiro no orçamento.

O pacote também libera gratificações extras, ajusta funções comissionadas, autoriza novos regimes de trabalho — como plantões e turnos alternados — e prevê perícia médica por telemedicina para agilizar afastamentos.

Servidores de órgãos como Ibama, ICMBio e Abin terão indenização de fronteira, e o prazo para inclusão de servidores dos ex-territórios será reaberto. A reforma mostra que o governo está disposto a gastar pesado com o funcionalismo, mesmo em tempos de aperto fiscal.

RN vive semana de tensão com recuo de Walter Alves e plano B no ar

O tabuleiro político do Rio Grande do Norte começou a semana agitado após a sinalização do vice-governador Walter Alves, do MDB, de que não pretende assumir o Governo em 2026. A decisão, motivada pelo cenário de instabilidade anunciado para a sucessão estadual, desencadeou cinco dias de bastidores intensos, versões desencontradas e tentativas de controle de danos dentro do Palácio.

Mesmo após o secretário Raimundo Alves negar qualquer crise, um plano B já circula entre lideranças governistas: caso Walter mantenha a desistência, a governadora Fátima Bezerra, do PT, permaneceria no cargo e abriria mão de disputar o Senado.

Para o PT nacional, a mudança traz benefícios. A vaga majoritária ficaria livre para a deputada federal Natália Bonavides, nome bem-visto pela cúpula petista e considerada competitiva para o Senado. A sigla tem como foco ampliar sua bancada no Congresso, especialmente no Senado, em 2026.

Por outro lado, a reconfiguração representaria um problema interno: a nominata do PT à Câmara Federal perderia sua principal puxadora de votos. Hoje, a expectativa da legenda é que Natália ajude a eleger ao menos dois deputados federais. Sem ela na disputa proporcional, o partido precisaria reorganizar suas estratégias para manter ou ampliar sua representação.

O cenário segue em suspense, à espera da decisão definitiva de Walter Alves — peça central dessa equação que pode redefinir toda a montagem eleitoral do RN em 2026.

Por Robson Pires

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Cientistas políticos explicam por que Nordeste já não é “vitória garantida” para Lula

Durante duas décadas, o Nordeste foi sinônimo de terreno seguro para o PT. Mas essa dinâmica mudou. Para analistas ouvidos em encontro promovido pelo UBS com empresários e clientes, nesta quarta-feira (26), a região mantém importância estratégica para Lula, porém deixou de ser um reduto automático.

O desgaste acumulado e as transformações sociais recentes criaram um ambiente mais volátil — e, em alguns casos, mais hostil — para o governismo.

Segundo o cientista político Andrei Roman, cofundador da AtlasIntel, há uma mudança estrutural em curso no comportamento do eleitorado nordestino. Pesquisas recentes registram uma queda no desempenho do petista na região, reflexo de fatores que se somam e fragilizam uma equação que antes parecia estável.

O primeiro deles é o esvaziamento simbólico dos programas de transferência de renda. Durante anos, o Bolsa Família funcionou como elo central entre o Nordeste e o PT, mas perdeu força eleitoral. Roman observa que o programa se tornou menos determinante ao longo do tempo, tanto pela longevidade quanto pelo fato de Jair Bolsonaro ter elevado seu valor em 2022.

“Hoje já não existe mais aquele temor de que um governo de direita vá acabar com o programa”, explicou. A consequência seria direta: o vínculo automático com o lulismo enfraquece.

O segundo ponto levantado pelo pesquisador é o desgaste dos governadores aliados da esquerda. “Não temos mais campeões de popularidade como antes”, afirmou, citando Bahia e Ceará entre os casos de maior declínio de aprovação.

Para ele, quando governadores perdem apoio, parte desse desgaste respinga no governo federal, especialmente em uma região onde o eleitor tende a associar problemas cotidianos a Brasília.

O terceiro fator é o avanço do crime organizado e da violência. Roman destacou que a deterioração da segurança pública cresceu de forma acentuada fora das capitais, afetando cidades médias e pequenos municípios. A percepção de insegurança fragiliza a imagem de eficiência estatal e amplia o sentimento de frustração com os governos locais e nacional.

Correios aguardam aval da Fazenda para contratar empréstimo de R$ 20 bilhões

Os Correios aguardam autorização do Ministério da Fazenda para contratar o empréstimo de R$ 20 bilhões aprovado pelo conselho de administração da estatal. A operação envolverá bancos públicos e privados e só poderá avançar após análise do Tesouro Nacional — que será o garantidor — e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

À CNN Brasil, o Ministério da Fazenda afirmou neste sábado 29 que “oficialmente não há operações dos Correios em análise”. Integrantes da alta cúpula da empresa afirmaram à CNN que o pool de instituições financeiras deverá ser formado por Citibank, Banco do Brasil, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra.

O empréstimo será dividido em duas ou mais parcelas com liberação escalonada. A proposta busca evitar que o valor fique parado em caixa, gerando juros, já que parte dos recursos será aplicada apenas em 2026. O pagamento deve ser concluído em até 15 anos e terá carência de pelo menos dois anos. Os Correios projetam voltar a gerar lucro somente a partir de 2027, quando esperam ter consolidado o plano de reestruturação.

As demonstrações do terceiro trimestre, aprovadas na sexta-feira (28), mostram prejuízo acumulado de R$ 6 bilhões até setembro, quase três vezes mais que o registrado no mesmo período de 2024, quando o déficit foi de R$ 2,1 bilhões. Relatos feitos à CNN Brasil apontam redução de receitas, aumento de despesas operacionais e novas obrigações judiciais e trabalhistas.

O plano de reestruturação foi anunciado em 15 de outubro e prevê demissões voluntárias e venda de imóveis. A expectativa é que o empréstimo permita sustentação financeira da estatal em 2025 e 2026. No último dia 21, a empresa aprovou o fechamento de até mil unidades deficitárias, remodelagem dos planos de saúde dos funcionários remanescentes e venda de imóveis. Não há número oficial de desligamentos, mas fontes estimam cerca de 10 mil funcionários.

O fechamento de agências será acompanhado pela expansão do portfólio voltado ao e-commerce. A venda de imóveis deve gerar até R$ 1,5 bilhão. A reestruturação será aplicada em três fases: recuperação financeira, consolidação e crescimento. Os serviços postais universais serão mantidos como “um compromisso estratégico e social inegociável”.

Os serviços postais custaram R$ 5,4 bilhões no primeiro semestre de 2025, com déficit líquido de R$ 4,5 bilhões.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

PT tenta convencer Walter Alves, mas argumento sobre “herança tranquila” não cola

As investidas do PT para cima do vice-governador Walter Alves chegam a ser de fazer dó. A cúpula petista tenta vender a ideia de que Walter não teria do que reclamar da “herança” que receberá quando Fátima Bezerra deixar o governo para disputar o Senado — isso, claro, se Walter aceitar assumir o rombo que está sendo preparado para cair no colo dele.

O discurso do PT é o mesmo: dizem que Fátima recebeu o Estado com quatro folhas de pagamento atrasadas deixadas por Robinson Faria e dívidas enormes, e “conseguiu se superar”. Tentam usar esse argumento para convencer Walter de que ele também poderia fazer o impossível.

Mas o PT finge esquecer um detalhe básico: Walter não é ingênuo para entrar nessa. O Estado hoje enfrenta déficits gigantescos, dívidas acumuladas e um 2026 que promete ser financeiramente ainda mais pesado. A história não é de superação — é de um governo que empurra problemas para a frente.

Por isso, o argumento petista soa fraco, vazio e totalmente desconectado da realidade fiscal atual. Walter sabe muito bem que assumir o governo neste momento significa carregar sozinho o desgaste de um Estado quebrado. E não pretende cair nessa armadilha.

PL tem plano para pautar anistia na Câmara mesmo sem decisão de Motta

O PL já tem um plano estruturado para tentar votar a anistia mesmo sem o aval do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A estratégia é simples e considerada audaciosa: esperar Motta deixar o país e, no momento em que o vice-presidente da Casa, Altineu Côrtes (PL-RJ), assumir como presidente interino, colocar o tema imediatamente em votação. A cúpula bolsonarista já tenta essa manobra há semanas.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chegou a ligar para Côrtes durante a viagem de Motta à COP30, pressionando o aliado para abrir a sessão com a anistia na pauta. O vice, no entanto, recuou alegando que não poderia atropelar a agenda deixada por Motta. A pressão veio até de dentro da bancada: o líder Sóstenes Cavalcante exigiu pessoalmente que Altineu cumprisse a promessa feita à família Bolsonaro. Mesmo assim, ele resistiu.

A operação quase foi deflagrada novamente nesta semana, mas os planos ruíram quando Motta cancelou uma viagem à Europa — justamente o cenário que permitiria ao PL forçar a pauta. O partido insiste na promessa feita publicamente por Altineu em agosto: de que, na primeira oportunidade como presidente interino, colocaria a anistia para votação.

Hugo Motta, porém, segue irredutível. Aliados afirmam que ele não vê clima político para votar o tema e avalia que a proposta seria derrotada em plenário. O presidente da Câmara e líderes do Centrão tentam se distanciar de uma votação que, em plena reta final do ano legislativo, poderia gerar um desgaste ainda maior para o Congresso.

Com informações do Metrópoles

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Com estrutura renovada, Árvore de Mirassol será acesa nesta sexta

Já em clima de fim de ano, a tradicional Árvore de Natal de Mirassol, um dos maiores símbolos natalinos do Brasil, será acesa nesta sexta-feira (28), a partir das 18h. Com 110 metros de altura, o monumento é um cartão-postal da capital potiguar e volta este ano com estrutura modernizada e maior capacidade luminosa, de acordo com a Prefeitura do Natal.

A cerimônia de acendimento contará com a participação do prefeito Paulinho Freire e do secretário municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Felipe Alves, marcando a abertura do espaço que movimenta a economia local e atrai milhares de visitantes.

A Semsur detalhou que a árvore terá um aumento de 20% na capacidade luminosa nesta edição. Agora, são 28.800 luminárias digitais com acendimento endereçado, capazes de projetar cores, formas, letras e frases. A praça também recebeu novos elementos decorativos temáticos, distribuídos para tornar o cenário ainda mais atrativo.

Outra novidade é o novo pavilhão da Praça da Árvore. A estrutura foi projetada pela equipe técnica da Semsur e apresenta conceito arquitetônico com formas orgânicas e duas estruturas sobrepostas, conferindo identidade visual renovada ao espaço. Com 584 m² de área coberta e quatro meses de execução, o pavilhão reúne cobogós decorativos em concreto, elementos em madeira, paisagismo integrado, novos bancos com tecnologia que reduz a absorção de calor, além de lixeiras, floreiras e balizadores com design atualizado.

Alcolumbre pressiona Lula e quer indicar comandos de bancos e autarquias

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), elevou a pressão sobre o governo e passou a cobrar espaços estratégicos na estrutura federal como condição para facilitar a vida do Palácio do Planalto na Casa. Segundo aliados do senador e fontes do governo, ele quer influência direta na escolha das presidências do Banco do Brasil, Banco do Nordeste (BNB), Cade e CVM — quatro posições de grande peso político e econômico.

A informação é da coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles. A movimentação ocorre em meio ao clima de tensão entre o parlamentar e o governo Lula, especialmente após a indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal. Nos bastidores, Alcolumbre têm sinalizado que o apoio à votação de Messias, cuja sabatina está marcada para 10 de dezembro, depende de avanços nas negociações por esses cargos de alto escalão.

Integrantes do governo afirmam que Lula está disposto a ceder parte das indicações, mas não deve entregar todos os espaços desejados pelo senador. O foco do presidente no momento é garantir a aprovação de Messias e evitar um desgaste maior com a cúpula do Senado, que já tem demonstrado irritação com decisões recentes do Executivo.

A expectativa no Planalto é de que Lula procure Alcolumbre pessoalmente nos próximos dias para tentar destravar o impasse. A relação entre os dois, historicamente próxima, vive um de seus momentos mais sensíveis, e o desfecho das tratativas pode definir o rumo de votações importantes no Congresso.

Com informações do Metrópoles

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Rombo bilionário deve marcar fim da gestão Fátima

A cerca de 120 dias de deixar o comando do Executivo para disputar o Senado em 2026, a governadora Fátima Bezerra (PT) deve encerrar sua gestão entregando ao próximo governo um rombo bilionário nas contas do Rio Grande do Norte. A situação, já comentada entre parlamentares e mencionada nos corredores da Assembleia Legislativa, acende um alerta sobre o cenário fiscal que ficará para 2026.

Segundo o relator da Lei Orçamentária Anual (LOA) do próximo ano, deputado Tomba Farias (PL), o Estado acumula cerca de R$ 6,3 bilhões em dívidas com fornecedores, outros R$ 6 bilhões em precatórios e mantém um déficit mensal de R$ 170 milhões na Previdência.

Preocupado com o impacto dessa conjuntura, o parlamentar relatou pessoalmente ao vice-governador Walter Alves (MDB) o tamanho do passivo que poderá recair sobre ele caso assuma o governo em abril de 2026. A avaliação feita é dura: o Estado pode entrar no próximo ciclo administrativo mergulhado em um desequilíbrio fiscal de proporções inéditas, exigindo medidas urgentes e impopulares.

Município de Olho D’Água do Borges promove projeto sobre a Consciência Negra

O Município de Olho D’Água do Borges realizou, nesta segunda-feira (24), o Projeto Consciência Negra, em parceria com as Secretarias Municipais de Cultura, Educação e Assistência Social. A atividade ocorreu no Centro Cultural Júlio Fernandes, sob a coordenação do servidor municipal Paulo Moreira da Silva.

O projeto teve como principal objetivo evidenciar a forte influência dos povos africanos na formação do povo brasileiro, destacando sua contribuição na história, religião, culinária, música, dança, costumes e em diversos elementos culturais presentes no cotidiano do país.

A apresentação funcionou como um instrumento norteador para ações educativas voltadas à sensibilização e conscientização sobre o respeito mútuo, a igualdade e a valorização da diversidade. A iniciativa buscou envolver a comunidade escolar, o CRAS e demais segmentos da sociedade na reflexão sobre dignidade, inclusão e reconhecimento das potencialidades de cada indivíduo, promovendo um espaço onde todos tenham voz e participação.

O encontro contou com a palestra do jovem Dídimo Públio dos Santos Moreira, formado em Missiologia pela Secretaria de Missões da AD Mossoró, com experiências em trabalhos missionários no interior do Ceará, em comunidades ribeirinhas do Amazonas e Pará, além de atuação em missão transcultural no Senegal, na África.

Clima tenso com o Congresso pode esvaziar ato de Lula para sancionar isenção do IR

O desgaste entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional ameaça comprometer a cerimônia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve sancionar, nesta quarta-feira (26), a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. Embora convidados, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não haviam confirmado presença até a véspera, refletindo o clima azedo entre as cúpulas dos Poderes.

Nos bastidores, a ausência de ambos é atribuída a rupturas recentes com articuladores do governo no Legislativo. Alcolumbre rompeu com Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, após Lula indicar Jorge Messias ao STF sem consultá-lo previamente — movimento que frustrou o grupo que apoiava o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso.

Na outra ponta, Hugo Motta se afastou do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), declarando que só tratará de temas com o deputado de forma estritamente institucional. O atrito acabou respingando também na relação da Casa com o Planalto, ampliando a resistência de Motta a participar da agenda presidencial.

Apesar das tensões, os parlamentares responsáveis pela relatoria da proposta no Congresso confirmaram presença no ato. Rivais históricos em Alagoas, Arthur Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB) estarão no evento, reforçando o peso político da medida econômica mesmo em meio à turbulência entre Executivo e Legislativo.

Com informações do R7

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Motta mantém ponte com Lula apesar de rompimento com líder do PT na Câmara

A tensão entre o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias, não se estendeu ao Palácio do Planalto. Apesar do corte de diálogo com o petista, Motta afirmou a aliados que sabe separar sua relação com Lindbergh da que mantém com o presidente Lula, garantindo que a interlocução institucional segue preservada. Como prova disso, citou o bom trânsito que mantém com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT).

A informação é da coluna do Paulo Cappelli, do Metrópoles. Do lado do Planalto, a avaliação também é de que não há interesse em criar um desgaste com Motta. Com o ano eleitoral se aproximando, Lula considera pouco estratégico entrar em confronto com o presidente da Câmara, responsável por organizar a pauta legislativa e influenciar diretamente o ritmo das votações.

A crise foi desencadeada após Lindbergh criticar duramente a atuação de Motta na condução da votação do projeto de lei Antifacção. Em entrevista recente, o líder petista classificou o processo como uma “lambança” e acusou o presidente da Câmara de agir errado “do começo ao fim”.

Segundo Lindbergh, a escolha do relator — Guilherme Derrite (PP) — exemplifica o problema. Ele afirmou que, embora o governo não exigisse um relator petista, era fundamental designar alguém neutro, com capacidade de diálogo, o que, para ele, não ocorreu.

Com informações do Metrópoles

Senado arma “impeachment simbólico” e enterra indicação de Messias até 2026

A situação de Jorge Messias, indicado por Lula para o STF, azedou de vez no Senado. Nos bastidores, líderes da Casa articulam um “impeachment simbólico” para barrar o advogado-geral da União antes mesmo da sabatina — um recado direto ao Planalto de que a indicação caiu mal entre os senadores. A manobra faz alusão aos inúmeros pedidos de impeachment de ministros do STF que dormem nas gavetas do Senado, mas, desta vez, o alvo seria um nome que sequer chegou à Corte.

A estratégia é simples e dura: empurrar a sabatina para 2026, quando os articuladores acreditam que haverá maioria consolidada contra Messias, segundo informações da CNN. O recado é político e claro: o Senado quer mostrar que não aceita “imposição” do Executivo, especialmente num momento em que a relação com o governo Lula está longe de ser tranquila.

Senadores admitem que a indicação desandou após o favoritismo interno ao nome do ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, queridinho dos colegas e bem-visto pelo próprio Supremo. E, embora a Constituição garanta ao presidente a prerrogativa de indicar ministros, também deixa claro que o Senado tem poder real no processo — inclusive para travar o jogo.

A conta contra Messias já começou: o último pedido de impeachment de ministro do STF juntou 41 assinaturas, número que deve se repetir numa eventual votação sobre sua indicação. Davi Alcolumbre, presidente do Senado, reforçou nesta segunda (24) que a sabatina só acontecerá no “momento oportuno” — que, pelo jeito, pode ser nunca. Enquanto isso, Lula acumula mais uma dor de cabeça no Congresso.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Lula enfrenta desgaste simultâneo com Motta e Alcolumbre às vésperas de 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vive um cenário incomum no terceiro mandato: entrou em rota de colisão com os chefes da Câmara e do Senado ao mesmo tempo. Com Hugo Motta (Republicanos-PB), o atrito se agravou na disputa sobre o PL Antifacção — proposta que nasceu no Planalto, mas cuja relatoria acabou entregue pelo deputado a um oposicionista, Guilherme Derrite (PP-SP). As mudanças aprovadas irritaram a base governista e motivaram críticas públicas de ambos os lados.

O desgaste com Motta, porém, acabou momentaneamente contido graças ao Senado, onde Davi Alcolumbre (União-AP) designou um relator mais alinhado ao governo. Mas é justamente com Alcolumbre que Lula abriu uma nova frente de conflito. A indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao STF contrariou o senador, que já havia sinalizado preferência por Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A escolha gerou incômodo, e aliados relatam que o clima azedou após o presidente oficializar a nomeação sem avisá-lo pessoalmente.

O ambiente deve ficar ainda mais tenso com a discussão do Orçamento de 2026, especialmente no embate sobre o pagamento das emendas parlamentares. O Congresso quer obrigar o governo a seguir um calendário; o Planalto tenta flexibilizar o formato. A disputa ganha relevância porque o STF, para onde Messias foi indicado, já atuou como árbitro em conflitos semelhantes — em alguns casos, seguindo orientações da própria AGU.

A combinação de rusgas com Motta e Alcolumbre coloca Lula numa posição delicada em um momento decisivo. Com as duas Casas pressionando em pautas sensíveis e a relação política mais instável, o governo deve enfrentar dificuldades adicionais nas negociações que se intensificam à medida que 2026 se aproxima.

Com informações do Metrópoles

Oposição diz que fará obstrução em votações na Câmara e ameaça Orçamento se anistia não for pautada

A oposição na Câmara se prepara para uma nova obstrução em resposta à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), o bloco não votará nenhum projeto — incluindo o Orçamento de 2026 — até que a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro seja pautada em plenário.

Sóstenes vai buscar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para exigir a votação. Bolsonaro foi preso no sábado (22/11) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, e a oposição quer retomar a versão original do projeto, que concederia anistia ampla e beneficiaria diretamente o ex-presidente.

Em agosto, a oposição já havia paralisado a Câmara e até ocupou o plenário para forçar a votação. Apesar do acordo que garantiu urgência ao projeto, o relator Paulinho da Força modificou o texto, transformando-o no chamado “PL da Dosimetria”, que apenas reduz penas de manifestantes — sem livrar Bolsonaro da prisão.

Agora, com o novo impasse, cresce a preocupação com o Orçamento de 2026, que precisa ser aprovado até dezembro para evitar bloqueios de investimentos e atrasos no pagamento de emendas em ano eleitoral.

Metrópoles