Ministra do STJ e corregedora-geral do CNJ, Eliana Calmon espantou-se
com a naturalidade com que os advogados dos réus do mensalão tentam
converter a acusação de corrupção em caixa dois eleitoral. Falam de
arcas clandestinas de campanha “como se fosse conduta corriqueira,
socialmente consentida”.
A despeito de não desconhecer “as provas dos autos”, Eliana declara:
“Para mim o mensalão soa como corrupção”, não como caixa dois. Na bica
de deixar a corregedoria do CNJ, em setembro, a doutora falou aos
repórteres Felipe Recondo e Fausto Macedo.
No curso da conversa, declarou-se “assustada” com tudo o que viu do
privilegiado posto de observação no órgão responsável pela fiscalização
do Judiciário –desmandos que vão da corrupção aos salários milionários.
Contou que, depois de ter declarado que há “bandidos” escondidos atrás
de togas, foi alvejada pela animosidade de Cezar Peluso, à época
presidente do STF e do CNJ. “Ele tentou me inviabilizar”, disse Eliana
Por Robson Pires
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