A renúncia do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda
Pertence à presidência da Comissão de Ética Pública da Presidência
deixa o Brasil, além de perplexo, desprotegido no que diz respeito à
proteção da ética nos órgãos públicos. A afirmação é do líder do
Democratas no Senado, José Agripino (RN). Para o parlamentar do Rio
Grande do Norte, a renúncia de Sepúlveda e a não recondução de alguns
membros da comissão pela presidente Dilma influenciarão diretamente a
isenção do conselho.
“Se a presidente da República, que se diz uma grande faxineira no
seu governo, tira os reais faxineiros da comissão, a ética no Brasil
fica desprotegida. E o presidente Sepúlveda se demitiu exatamente porque
entendeu que as pessoas que ficaram não garantiriam a ele, como
presidente de um conselho de extrema importância, credibilidade para
defender a ética”, ressaltou José Agripino.
Sepúlveda Pertence renunciou ao cargo nessa segunda-feira (25), logo
após dar posse aos três novos conselheiros, Marcello Alencar de Araújo,
Mauro de Azevedo Menezes e Antônio Modesto da Silveira, indicados pela
presidente Dilma Rousseff no último dia 3 de setembro. Sepúlveda deixou
clara sua insatisfação com a não recondução dos conselheiros Marília
Muricy e Fabio Coutinho, que poderiam ficar mais três anos na comissão.
Por Robson Pires
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