O ex-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, não foi
condenado por um partido de oposição, mas pela Suprema Corte do país,
ressaltou o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN), sobre a
condenação nessa terça-feira (9) do ex-ministro pelo Supremo Tribunal
Federal (STF). “A decisão do Supremo esclareceu dúvidas que o Brasil
tinha. O mensalão existiu? Existiu. Quem são os mandantes e quem são os
mandados? Eles estão condenados”, frisou Agripino.
O senador potiguar lembrou ainda que a CPI dos Correios, que
investigou o mensalão, foi elaborada na Liderança do Democratas no
Senado, em 2005. Agripino foi um dos primeiros a assinar a instalação da
comissão parlamentar. Nesta semana, o trabalho do Democratas foi
chancelado pelo Supremo Tribunal Federal, que condenou a cúpula do PT.
“O Legislativo, quando atua de forma independente, responde
satisfatoriamente às demandas que lhe foram confiadas pela Constituição e
pela sociedade”, acredita José Agripino.
Após sete anos do estouro do mensalão, José Dirceu foi condenado por
corrupção ativa. No Supremo, quem selou o destino de um dos fundadores
do PT foi o ministro Marco Aurélio de Mello. Já haviam condenado o chefe
do mensalão os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Gilmar
Mendes e o relator Joaquim Barbosa.
O tempo da pena e o regime a serem cumpridos ainda são incertos.
Dirceu ainda será julgado por formação de quadrilha. A depender do
veredito nessa acusação, ele tanto poderá passar alguns anos trancafiado
quanto cumprir sua pena em regime aberto. Também recebeu sentença
condenatória o ex-presidente do PT José Genoíno.
Por Robson Pires
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