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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

“Herdeira” do “rosalbismo” tem futuro em suas mãos


A vitória de Cláudia Regina (DEM) à Prefeitura de Mossoró jogou por terra uma tese inconsistente, que muitos empinavam, quanto à sucessão municipal deste ano: haveria acordo dos Rosado para eleição de um nome Rosado.
A escolha de Cláudia nunca foi consenso. Nem uma preferência entre os líderes governistas. Ela fez-se candidata.
Nasceu por exclusão e de sua tenacidade para superar sobretudo a rejeição interna ao seu nome, manifestada pelos líderes Carlos Augusto Rosado (DEM) e a própria governadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Eles não a queriam. O nome era o da vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM), irmã da governadora.
A esquema da prefeita de direito Fátima Rosado (DEM), a “Fafá”, também não a tinha como prioridade.  Seu ungido era o então secretário da Cidadania, professor Chico Carlos (PV), eleito vereador no domingo (7).
No início da campanha, o secretário e deputado federal Betinho Rosado (DEM) – irmão de Carlos Augusto – esquivava-se de presença na disputa. A vice Ruth precisou ser convocada pessoalmente pela mana Rosalba. Betinho pelo irmão Carlos.


Delírio
Na oposição, durante bom tempo, ainda existia quem pensasse em “corpo mole” de Carlos e Rosalba para eleição da parente Larissa Rosado (PSB).
Delírio. Caíram no conto do vigário cor-de-rosa. Ou “laranja”, como queira.

Para quem levantava essa tese de “acordão”, o Blog sempre fazia duas perguntas encadeadas irrespondíveis:

- Quem será líder de quem? Carlos de Sandra ou Sandra de Carlos?

Um dia, repito, os Rosado vão estar unidos no mesmo palanque. Mas para isso, é necessário que apareça um adversário comum e capaz de derrotá-los em separado ou juntos. Uma ameaça ao clã. À oligarquia.

Até aqui, ocorreram espasmos de forças “ameaçadoras” que nunca se confirmaram nas últimas décadas. Citemos os ex-deputados estaduais Jota Belmont e Francisco José. Não vingaram. Foram demolidos e cooptados por Rosado do A ou do B.

    Quem ainda chacoalhou o corpo para ser uma alternativa, mais recentemente, foi o professor Josivan Barbosa (PT). Seria candidato de qualquer jeito à prefeitura, contra os Rosado. Terminou vice. Vice numa chapa Rosado: Larissa Rosado (PSB).

Seu PT pelo menos ganhou prêmio-consolação com uma vaga de vereador na Câmara Municipal.
Josivan talvez tenha, pelo açodamento, sepultado uma carreira política promissora. Foi arrivista. Falou pelos cotovelos e morreu pela boca.
As urnas não o perdoaram.
Seguindo um fenômeno da biologia celular, os Rosado promoveram uma “cissiparidade” nos anos 80, dividindo-se para somar. As réplicas têm a mesma essência e propósitos: o monopólio do poder.
Cláudia Regina é o resultado de uma reação, incontida, que pode ofertar uma considerável sobrevida a esse modelo de poder ou abrir uma fenda à construção de outra ordem política.

O futuro dirá.
A prefeita eleita é o futuro do “rosalbismo”, neologismo que identifica os seguidores da governadora Rosalba Ciarlini. Ela será uma súdita fiel e herdeira do legado da líder populista ou escreverá identidade própria, ao seu governo, o que Fafá tentou e não conseguiu em momento algum.

O futuro dirá.

Por Carlos Santos

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