O líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado estadual Walter
Alves, filho do ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), apontou
a insatisfação do partido em relação ao governo Rosalba Ciarlini (DEM)
como um dos motivos da avaliação que a legenda promoverá internamente,
provavelmente em março do próximo ano, para discutir se deixa ou se
permanece na base de apoio político do governo. Walter Alves também
criticou a desarticulação do governo, que estaria causando o
distanciamento do PMDB da administração. “Está havendo uma
desarticulação política pelo governo, e isso está causando o
distanciamento do PMDB. Mas é um assunto para ser discutido, como disse o
ministro Garibaldi, pelo presidente da nossa legenda, o deputado
federal Henrique Eduardo Alves, que deverá convocar o partido no começo
do próximo ano”, afirmou Walter Alves.
O PMDB é considerado o principal aliado político do governo Rosalba
Ciarlini. Contudo, o partido não estaria sendo ouvido sobre a gestão
administrativa e indicou apenas um secretário (Trabalho, Habitação e
Assistência Social), além de um presidente de empresa pública (Potigás).
Ontem, em entrevista ao Jornal de Hoje, o ministro da Previdência
confirmou que a legenda irá discutir a aliança com o governo Rosalba no
próximo ano, não descartou rompimento e até afirmou ser natural a
discussão interna sobre o lançamento de um candidato a governador pela
legenda.
Para Walter Alves, pelo peso, tamanho e importância do PMDB, o
partido deveria ser mais ouvido pela administração Rosalba Ciarlini. “O
PMDB tem dois senadores, um deputado federal, cinco deputados estaduais,
52 prefeitos, 33 vice-prefeitos e 336 vereadores. É o maior partido do
estado. Temos que consultar as nossas bases porque existe uma
insatisfação perante a desarticulação política do governo, com relação
aos prefeitos do interior”, completou Walter Alves.
Do Jornal de Hoje
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