Cardozo: 112 demissões |
Por Lauro Jardim
O governo federal deverá fechar 2012 com o maior número de servidores
expulsos por suspeita de corrupção desde 2003. De janeiro a novembro,
488 foram demitidos, cassados ou destituídos, de acordo com a
Controladoria-geral da União. Se a turma de Rosemary Noronha for extensa
como parece, não há dúvida de que o recorde cairá.
Em novembro, rolaram 38 cabeças da máquina federal. O total
interrompe a tendência de quase duas exonerações por dia, média
registrada em outubro e setembro, e supera apenas os dados de janeiro,
quando houve dezenove cortes.
Mas mesmo que a faxina mantenha o ritmo lento em dezembro, basta 28
servidores metidos em maracutaias perderem o emprego para o apanhado dos
doze meses superar as 515 demissões do ano passado.
O Rio de Janeiro continua liderando o ranking anual de funcionários
públicos de conduta questionável, com cem exonerações no período. Bem
atrás, vêm Distrito Federal e São Paulo, com 52 cortes cada um.
Olhando para a Esplanada, o Ministério da Justiça segue encabeçando a relação: José Eduardo Cardozo
varreu 112 pessoas em 2012, quatro a mais do que a Previdência Social. O
Ministério da Saúde está atrás, com 73 expulsões desde janeiro.
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