Fernando Haddad, prefeito eleito de São Paulo e próximo de tomar
posse do cargo, afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo desta
segunda-feira, que põe “as duas mãos no fogo” pelo também petista e
ex-presidente Lula em relação ao episódio do mensalão – o empresário
Marcos Valério (condenado pelo STF) mudou sua versão sobre o caso e
declarou que o ex-presidente deu “ok” para as operações que originaram o
escândalo.
Haddad disse que tem por Lula um apreço “incomensurável”, e que
conhece o seu método de trabalho, sua dedicação e compromisso pelo País.
Ainda sobre o mensalão, Haddad afirmou que o julgamento “estará imerso
em controvérsia”, uma vez que “houve uma mudança de jurisprudência
radical para a condenação dos acusados”.
O petista disse ainda que vê uma “onda conservadora impressionante”
no Brasil, tendo havido, inclusive no exterior, uma “guinada à direita,
ao conservadorismo”. Haddad, que toma posse da prefeitura da maior
cidade do País no próximo dia 2, declarou que tem muita coisa para
pensar, e que “na cadeira de prefeito, a coisa deslancha”. O petista
também descartou uma possível candidatura presidencial em 2018,
destacando que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deve
disputar o cargo.
Por Robson Pires
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