A corrida presidencial à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados já não
é mais a mesma. Gastos exorbitantes, tótens com fotos de candidatos em
tamanho real e belas moças desfilando pelos corredores do Congresso com
camisetas de campanha perderam o espaço que ocuparam num passado bem
recente. A farra publicitária que marcou a eleição de 2005 — quando
Severino Cavalcanti ganhou de virada — foi tão constrangedora que normas
internas foram baixadas para moralizar as campanhas. A disputa daquele
ano, por sinal, deixou lições não só no campo do marketing, mas das
negociações e dos acordos políticos. Os custos — que chegaram a beirar a
casa dos R$ 2 milhões em uma única candidatura — diminuíram. As
campanhas ficaram mais modestas e discretas.
Nas eleições para o biênio 2013/2014, os deslocamentos aéreos
representam a conta mais alta a ser paga pelos principais interessados
na cadeira de presidente da Câmara.
Com o “fantasma Severino” assombrando candidatos favoritos, o nome
oficial do governo para ocupar o cargo, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), já montou um cronograma de viagens. Estão previstas visitas a
12 estados, sendo seis em uma única semana.
Alves garante que o jatinho será emprestado por um colega de partido,
o que restringiria os custos da empreitada ao combustível da aeronave. O
valor não foi divulgado pelo parlamentar.
Por Robson Pires
0 comentários:
Postar um comentário