Deu na Isto É:
Os peemedebistas mais próximos fazem galhofa: o deputado Henrique
Eduardo Alves vai ser presidente da Câmara pelo critério de antiguidade.
O deputado potiguar – com 42 anos de vida pública, 11 mandatos e
vaidade de garotão – não gosta, mas aceita a brincadeira. Não faz parte
de seu temperamento político comprar briga, muito menos às vésperas da
eleição, que ocorre na segunda-feira (4).
Henrique Alves passou o mês de janeiro a bordo de um jatinho
emprestado, percorrendo dezenas de cidades atrás de votos dos colegas
deputados. No meio do caminho, tropeçou em uma série de denúncias e
passou pelo constrangimento de exonerar um assessor de confiança. Foi
acusado de beneficiar a empresa do funcionário com verbas públicas.
Experiente, ele faz pouco da tempestade.
“Entenda-se mês eleitoral. Não
considero acusações, e sim questionamento natural desse processo.”
O deputado garante que as denúncias não abalaram seus eleitores e
confia que os colegas não repetirão o episódio Severino Cavalcanti,
protesto do baixo clero que acabou elegendo um azarão para a presidência
da Casa em 2005. Pisando em ovos, fala da missão do novo comandante da
Câmara de analisar a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de
cassar o mandato dos deputados condenados por participar do esquema do
mensalão. Henrique Alves confirma que acatará a decisão do Supremo, mas
deixa claro que caberá à Câmara elaborar sua própria agenda para a
retirada dos mandatos. Ou seja, para ele a cassação não será uma
resposta imediata à publicação do acórdão com os votos dos ministros do
STF.
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