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quinta-feira, 21 de março de 2013

PMDB cria dificuldade para Rosalba mudar pro partido

Cavilosa e matreira, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tentou pegar um atalho para hipotética mudança de partido à sua sobrevivência política. O alvo? O PMDB.

Não encontrou guarida com o senador-ministro Garibaldi Filho (PMDB), que com aquele jeito de capiau, não tem nada de bobo.

Garibaldi faz-se de morto para enterrar o próprio coveiro.
- Você deve ser a última pessoa a querer sair do DEM – assinalou Garibaldi em recente encontro com a governadora.

Quando Rosalba levantou essa hipótese há poucos dias, na esperança de que o “Gari” endossasse seu pouso no partido, terminou se frustrando.

Garibaldi, com ar professoral e com discurso de vertente moral, disse-lhe que ela não poderia promover essa deserção depois de tanto se servir do DEM.


A versão que a governadora espalhou inverte papeis e ação proativa. Ela é que teria sido sondada pelo PMDB à mudança e não o contrário.

Esse enredo carece não apenas de amparo na verdade, como também de o mínimo de lógica.
O PMDB, em hipótese nenhuma, abriria suas portas à Rosalba – para ser engolido por ela e se ver obrigado a apoiá-la em 2014, como suposta “candidata natural” da legenda ao governo.

O senador-ministro, político “inocente” a ponto de jogar pife-pafe com luvas de boxe, sabe bem que um partido sob seu comando e do primo Henrique Alves (PMDB), no Rio Grande do Norte, já tem cacique demais.

Rosalba, se pretende uma “conversão” ao governismo federal, como neodilmista, terá que encontrar outra via. O PMDB, não.

Garibaldi reproduziu para o senador e presidente nacional do DEM, José Agripino, o diálogo que teve com Rosalba.
Procurou dissipar qualquer dúvida quanto à sua postura no episódio.

Por Carlos Santos

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