Cavilosa e matreira,
a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) tentou pegar um atalho para
hipotética mudança de partido à sua sobrevivência política. O alvo? O
PMDB.
Não encontrou guarida com o senador-ministro Garibaldi Filho (PMDB), que com aquele jeito de capiau, não tem nada de bobo.
Garibaldi faz-se de morto para enterrar o próprio coveiro.
- Você deve ser a última pessoa a querer sair do DEM – assinalou Garibaldi em recente encontro com a governadora.
Quando Rosalba levantou essa hipótese há
poucos dias, na esperança de que o “Gari” endossasse seu pouso no
partido, terminou se frustrando.
Garibaldi, com ar professoral e com
discurso de vertente moral, disse-lhe que ela não poderia promover essa
deserção depois de tanto se servir do DEM.
A versão que a governadora espalhou
inverte papeis e ação proativa. Ela é que teria sido sondada pelo PMDB à
mudança e não o contrário.
Esse enredo carece não apenas de amparo na verdade, como também de o mínimo de lógica.
O PMDB, em hipótese nenhuma, abriria
suas portas à Rosalba – para ser engolido por ela e se ver obrigado a
apoiá-la em 2014, como suposta “candidata natural” da legenda ao
governo.
O senador-ministro, político “inocente” a
ponto de jogar pife-pafe com luvas de boxe, sabe bem que um partido sob
seu comando e do primo Henrique Alves (PMDB), no Rio Grande do Norte,
já tem cacique demais.
Rosalba, se pretende uma “conversão” ao governismo federal, como neodilmista, terá que encontrar outra via. O PMDB, não.
Garibaldi reproduziu para o senador e presidente nacional do DEM, José Agripino, o diálogo que teve com Rosalba.
Procurou dissipar qualquer dúvida quanto à sua postura no episódio.
Por Carlos Santos
0 comentários:
Postar um comentário