MOSSORÓ (RN) – A retração dos
investimentos da Petrobras, maior empresa instalada no Rio Grande do Norte,
está gerando uma crise na economia local de Mossoró e região. O problema foi
tema principal de uma audiência pública, na Câmara Municipal de Mossoró, nesta
sexta-feira (12) , com a presença de políticos locais, petroleiros, empresários
e representantes da Petrobras e da bancada federal do Rio Grande do Norte.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves, fez questão de participar do encontro, que
também contou com as presenças do ministro Garibaldi Filho, da Previdência
Social, e da governadora Rosalba Ciarlini, além da prefeita de Mossoró, Cláudia
Regina.
O gerente da Petrobras na Bacia
Potiguar, responsável pela prospecção, exploração e produção de petróleo e gás
no Rio Grande do Norte e Ceará, apresentou números e investimentos da ordem de
um bilhão de reais por ano. Luiz Ferradans admitiu uma queda na produção de
gás, mas disse que os investimentos nos campos maduros estão dando resultados
positivos, mesmo onde a atividade já não é tão lucrativa.
A região, que já produziu mais de
cem mil barris de petróleo por dia, está com produção diária de 70 mil barris.
Atualmente, onde o petróleo bruto
aflorava no poço, nem a injeção de água e vapor tem dado os resultados
esperados. A demissão de cerca de dois mil empregados terceirizados resultou
numa crise econômica, gerando mais demissões e atingindo os seguimentos que,
indiretamente, dependem da atividade petrolífera como hotelaria, transporte e
metalurgia, entre outros serviços.
As demissões, segundo a
Petrobras, teriam sido causadas pela quebra de contatos nas áreas de manutenção
e montagem. Os representantes dos petroleiros e das empresas contratadas
questionaram os números apresentados pelo responsável da empresa. Eles pediram
o apoio do deputado Henrique Eduardo Alves para que a questão seja apresentada
a presidente da Petrobras, Graça Foster. O empresário Sebastião couto, que já
operou com 27 sondas, disse que, em 2008, no auge da atividade petrolífera na
região, chegou a perfurar 300 poços e gerava 2.100 empregos diretos. Hoje, com
apenas 10 sondas contratadas, restam 500 empregados.
O presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves, solicitou uma audiência com a presidente da Petrobras para a
próxima semana. Ele convidou toda a bancada federal do Rio Grande do Norte para
expor o problema e "abrir o diálogo, criando pontes com a direção da
Petrobras", disse o deputado, lembrando que ele foi o relator do pré-sal
na Câmara. Mesmo com a crise atribuída a falta de investimentos, a atividade
gera cerca de 40 mil empregos no Rio Grande do Norte. O estado é o maior
produtor de petróleo em terra do Brasil com 1.100 pequenos proprietários de
terras beneficiados diretamente com a geração de royalties
Assessoria de Imprensa
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