Seguimos no primeiro semestre de gestão nos municípios de
todo o país e, até o momento, é notório que o foco dos trabalhos desenvolvidos
volta-se para o aspecto administrativo. É assim nas prefeituras e nas Câmaras
de Vereadores.
Em Olho D`água, nas ultimas semanas, está ocorrendo algo que
seria cômico, se não fosse trágico: todos os vereadores da oposição não estão
comparecendo às sessões, ordinárias e/ou extraordinárias, da Câmara.
Os 4 parlamentares da bancada oposicionista, que, a rigor,
deveriam estar para fazer cumprir parte de seus papéis legais, de legisladores,
deixaram de participar, todos, das últimas sessões em que, dentre outras
coisas, tramitam vários projetos de impacto social relevante, como o projeto
criação e implantação do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS, por
exemplo.
De certa forma, a ausência dos edís seria até compreensível,
não fosse ela proposital. Eis aí o problema: eleitos pelo povo, os 4
vereadores, agora, parecem ter esquecido de que os únicos interesses a que eles
estão para defender e lutar, na Casa Legislativa, é o da população.
As vaidades pessoais, as motivações políticas, as
desavenças, todas elas, devem ser deixadas de lado, em prol do interesse comum
de legislar em benefício da sociedade. Afinal, não é sendo omissos, retardando
a votação de projetos de lei que ajudarão a melhorar as condições de vida das
pessoas, que os nobres vereadores vão honrar a confiança daqueles que os
colocaram onde eles hoje encontram-se.
Para ser a voz do povo junto ao Poder Público, é preciso
muito mais que palavras. É preciso atitude. E, nesse momento, há 5 vereadores
(todos da situação), apenas, fazendo valer os votos que obtiveram na última
eleição municipal.
Os parlamentares da oposição, infelizmente, ainda deixam que
aspectos menores sejam mais importantes que o desenvolvimento do município, na
hora de trabalhar. Agindo assim, eles invertem a lógica das coisas, fazendo
prevalecer o interesse individual perante o da coletividade. Esse não é o
espírito democrático. É o avesso dele.
E, a conduta de fugir das sessões para que os
projetos não possam ser votados, é clara e cristalinamente, ato de representar
a si mesmos, não ao povo, sua razão de ser e estar. Reflitam, pois,
autoridades...
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