O senador José Agripino (DEM-RN) afirmou, há pouco, que concorda em
“enumerar as prioridades” nos projetos indicados pelo presidente Renan
Calheiros como resposta do Senado às manifestações populares das últimas
semanas. Ele disse, no entanto, que “não dá pra sair aprovando tudo”.
Segundo ele, o projeto que torna a corrupção um crime hediondo (PLS
204/2011) deve ser o último a ser votado na sessão desta quarta. Nesta
quinta, disse o senador, seria retomada a votação, com outros projetos.
- Organizar o cardápio das urgências, sim. Mas transformar esse
cardápio em uma votação a toque de caixa, sem que as pessoas saibam o
que estão votando seria um gesto de irresponsabilidade e tem a minha
condenação – afirmou Agripino.
O senador reconheceu a importância das manifestações populares, que
acabou influenciando a votação, na véspera, da PEC 37/2011, que retirava
poder do Ministério Público. Rejeitada pela Câmara dos Deputados, com
430 votos contrários e apenas nove a favor, a proposta antes dividia
opiniões, segundo Agripino.
- Como o povo se manifestou contra a PEC, o Congresso interpretou o sentimento das ruas, votando contra – afirmou o senador.
Por Robson Pires
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