Um evento noticiado
esta semana no Rio Grande do Norte é uma prova clara da falta de gestão que
está impregnada em nossa máquina pública.
A rotina administrativa
da Polícia de Parelhas prevê que os soldados não podem abastecer as viaturas na
própria cidade. A ordem do Governo é para que eles viagem até outro município,
longe, para ir buscar o combustível em um posto autorizado pela burocracia
oficial.
Dia desses, os
policiais fizeram a viagem até Caicó, para abastecer o carro, mas não
conseguiram encher o tanque.
Interessante é que
havia gasolina. O posto tinha autorização para abastecer. Mas o sistema, por
algum motivo, falhou e, por causa dessa falha, os policiais ficaram sem o
combustível para voltar a Parelhas, sendo obrigados a retornar para seu
município de carona, na mala de outro carro, como se prisioneiros fossem.
E o carro de Parelhas
ficou em Caicó, parado, sem gasolina, limitando a operacionalidade da Polícia
do Seridó. Tolhendo a força de segurança pública da região de um equipamento
indispensável para o combate ao crime organizado – que, todos lemos, ouvimos e
vemos, anda em expansão.
Falta de gestão é isso:
o aparelho estatal tem os policiais, tem a viatura, tem as armas, o fardamento,
tem o posto autorizado para liberar o combustível, tem a gasolina na bomba, mas
não tem aquela fagulha final para por a máquina pública para funcionar:
qualificação para prevenção de problemas, agilidade para destravar a
operacionalidade do sistema, rotina administrativa adequada,
previdência...Enfim, tantas coisas que compõe uma máquina que funciona e outra
que fica parada.
Na iniciativa privada,
a qualidade na gestão é um dos fatores que diferenciam empresas que, apesar de
atuarem no mesmo segmento, com o mesmo produto e disputando os mesmos clientes,
lucram R$ 1 milhão, enquanto outras lucram R$ 100 milhões.
Na máquina pública, a
diferença é que uma administração que é falha na gestão não perde somente
dinheiro. Põe vidas em risco, aniquila oportunidades, compromete gerações.
0 comentários:
Postar um comentário