O prefeito da Viçosa
Toinho do Miragem acompanhado da secretária municipal de saúde Dra. Vanda,
estiveram na última segunda-feira, 12, no auditório da VI Unidade Regional de
Saúde Pública, sedada em Pau dos Ferros, uma Audiência Pública para discutir a
situação do Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade.
O objetivo central foi
avaliar o grau de resolutividade dos atendimentos feitos pela unidade
hospitalar de referência da 6ª Região de Saúde.
Na sua intervenção, o
titular da Sesap, Luiz Roberto, disse que sua pasta dispõe de cerca de 15 mil
servidores, sendo mais de 4 mil municipalizados, e que a folha de pagamento é
muito alta. Todavia, com a implantação do ponto eletrônico e do corte de alguns
plantões eventuais e outras medidas, mesmo com o reajuste salarial, “por
incrível que pareça”, foi possível reduzir o gasto com pessoal.
O secretário disse,
também, que o RN possui 27 hospitais, muitos deles, sem dar respostas
satisfatórias, mas que recebem vultosos recursos que deveriam ser carreados
para outro com maior estrutura. “Temos hospitais que fazem 05 cirurgias por
mês. Cada procedimento custa R$ 32 mil. Isso é um contrassenso”, ponderou,
avaliando que é mais plausível investir em unidades hospitalares com
abrangência regional.
Já a promotora de
Justiça do MP Estadual, Iara Pinheiro, que também preside a Coordenadoria do
Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça e Defesa da Saúde (CAOP
Saúde), que, recentemente, fez uma Auditoria Operacional no Hospital de Pau dos
Ferros, falou que a causa da grande demanda e superlotação naquela unidade,
deve-se ao fato de que os municípios não estão fazendo o dever de casa.
“De acordo com os dados
que colhemos, o hospital está fazendo ambulatório quando, na verdade, esta ação
é de competência das unidades básicas”, destacou a Promotora, acrescentando que
as secretarias municipais de saúde estão fazendo a política do ‘faz de conta’.
Outro tema abordado no
encontro foi com relação à carga horária dos médicos que, segundo o MP, não
está sendo cumprida nos municípios e, em função disso, muitos procedimentos da
atenção básica estão migrando para o hospital.
“As recomendações que estamos encaminhando aos prefeitos e secretários de saúde de toda região, rumam na direção de que se faça cumprir a carga horária para a qual o profissional foi contrato, sob pena dos gestores responderem por crime de improbidade administrativa”, afirmou Iara, esclarecendo que, com essa medida unificada, é possível acabar com o “leilão” de passes dos médicos.
Fonte: VI USAP
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