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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Prefeito Toinho participa de Audiência Pública para discutir assistência no Hospital Regional

O prefeito da Viçosa Toinho do Miragem acompanhado da secretária municipal de saúde Dra. Vanda, estiveram na última segunda-feira, 12, no auditório da VI Unidade Regional de Saúde Pública, sedada em Pau dos Ferros, uma Audiência Pública para discutir a situação do Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade.
O objetivo central foi avaliar o grau de resolutividade dos atendimentos feitos pela unidade hospitalar de referência da 6ª Região de Saúde.

Na sua intervenção, o titular da Sesap, Luiz Roberto, disse que sua pasta dispõe de cerca de 15 mil servidores, sendo mais de 4 mil municipalizados, e que a folha de pagamento é muito alta. Todavia, com a implantação do ponto eletrônico e do corte de alguns plantões eventuais e outras medidas, mesmo com o reajuste salarial, “por incrível que pareça”, foi possível reduzir o gasto com pessoal.

O secretário disse, também, que o RN possui 27 hospitais, muitos deles, sem dar respostas satisfatórias, mas que recebem vultosos recursos que deveriam ser carreados para outro com maior estrutura. “Temos hospitais que fazem 05 cirurgias por mês. Cada procedimento custa R$ 32 mil. Isso é um contrassenso”, ponderou, avaliando que é mais plausível investir em unidades hospitalares com abrangência regional.

Já a promotora de Justiça do MP Estadual, Iara Pinheiro, que também preside a Coordenadoria do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça e Defesa da Saúde (CAOP Saúde), que, recentemente, fez uma Auditoria Operacional no Hospital de Pau dos Ferros, falou que a causa da grande demanda e superlotação naquela unidade, deve-se ao fato de que os municípios não estão fazendo o dever de casa.

“De acordo com os dados que colhemos, o hospital está fazendo ambulatório quando, na verdade, esta ação é de competência das unidades básicas”, destacou a Promotora, acrescentando que as secretarias municipais de saúde estão fazendo a política do ‘faz de conta’.

Outro tema abordado no encontro foi com relação à carga horária dos médicos que, segundo o MP, não está sendo cumprida nos municípios e, em função disso, muitos procedimentos da atenção básica estão migrando para o hospital.

“As recomendações que estamos encaminhando aos prefeitos e secretários de saúde de toda região, rumam na direção de que se faça cumprir a carga horária para a qual o profissional foi contrato, sob pena dos gestores responderem por crime de improbidade administrativa”, afirmou Iara, esclarecendo que, com essa medida unificada, é possível acabar com o “leilão” de passes dos médicos.

Fonte: VI USAP  

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