Em 55 anos de carreira
artística, ele transitou da Jovem Guarda para o sertanejo. Deu voz a canções
como “Coração de papel”, “Menino da porteira”, “Panela velha” e “Pinga ni mim”,
todas com lugar cativo no cancioneiro popular. Há duas semanas na Câmara, o
agora deputado Sérgio Reis (PRB-SP) ainda aprende como toca a banda em seu novo
palco – o plenário e as comissões.
Mas já se revela mais
afinado com os integrantes da oposição do que com seus parceiros de partido, o
governista PRB. Sérgio brada em alto e bom som aquilo que os oposicionistas
sussurram, alguns ainda de maneira constrangida: a defesa do impeachment da
presidenta reeleita Dilma Rousseff (PT).
“Não podemos mais ficar assim. Tem de ter impeachment e dar satisfação
sobre o que fizeram com o dinheiro. Este pessoal está quebrando o Brasil. Este
povo não é dono do país. Este país é do povo que trabalha”, vocifera o
deputado, do alto de seus quase dois metros de altura.
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