Ao autorizar o uso de
verbas públicas para a compra de passagens aéreas de cônjuge de parlamentares,
o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acaba por criar
mais um “telhado de vidro” para o Congresso Nacional. Na avaliação de
especialistas consultados pela Agência Brasil, parlamentar que usa dinheiro público
com esse propósito está sendo antiético e antirrepublicano, uma vez que, devido
à crise, o momento exige corte de gastos.
“E comete também uma
ilegalidade, porque os benefícios à família não estão previstos na
Constituição. Portanto é bastante possível que alguém entre com ação de
inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra essa medida”,
disse o professor de Ética Política da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), Roberto Romano.
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