Após a cúpula do PMDB
se recusar a indicar nomes para a nova equipe que a presidente Dilma Rousseff
está montando, o governo passou a cogitar entregar o Ministério da Saúde ao
partido, ampliando a influência do aliado. Segundo a Folha de São Paulo, Dilma
ouviu do vice-presidente, Michel Temer, e dos presidentes do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que eles preferiam
deixá-la à vontade para escolher os novos ministros.
Diante da recusa,
emissários da presidente começaram a discutir a ampliação do espaço do PMDB
para evitar seu desembarque definitivo da base aliada. O gesto da cúpula
peemedebista preocupa o Planalto, que o vê como novo sinal de caminhada ao
rompimento.
Em novembro, o PMDB vai
discutir em um congresso se mantém o apoio à presidente ou se entrega seus
cargos, tendência hoje majoritária. Para assessores palacianos, Dilma precisa
fortalecer o PMDB, oferecendo-lhe um ministério de peso da área social. Hoje, a
sigla ocupa as pastas de Minas e Energia, Turismo, Agricultura, Pesca, Portos e
Aeroportos. Mas os principais cargos estão com o PT ou são ocupados por nomes
da cota pessoal de Dilma.
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