Na tentativa de barrar
o impeachment, a presidente Dilma começou, ontem, no dia seguinte ao perder o
PMDB, a lotear o seu fim de Governo de forma vergonhosa. Ao PP, que já tem a
Integração Nacional, ofereceu Saúde. Ao PR, donatário atual da área de
Transportes, ofertou Minas e Energia. Ao PSD, que ocupa Cidades, estendeu o
latifúndio do Turismo.
As ofertas são as mais
descabidas. Não interessa currículo ou capacidade de gerenciamento. O que está
em jogo é a guerra travada com a oposição na Câmara dos Deputados para sepultar
qualquer tentativa desdobramento do processo de impeachment, aberto pela
Comissão Especial, que aprova o relatório provavelmente na terça-feira, 12.
O PP tem uma bancada de
49 deputados. Segundo vazou ontem, a promessa do partido é a garantia de 30
votos, no plenário da Câmara, onde o Governo só tem, hoje, 102 votos para os
172 necessários de freamento do impeachment. Dos 102, 58 seriam do PT, 20 do
PDT, 13 do PCdoB, 6 do PSOL e 5 da Rede.
Na prática, o Governo
precisaria de mais 70 votos, o que pode vir, no toma-lá-dá-cá, do PP, PR e PSD,
que, juntos, criam uma espécie de Frentão, movimento que eclodiu na
Constituinte, liderado pelo ex-deputado Ricardo Fiúza, com a expressão intenção
de impedir avanços na Carta Magna.
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