Apesar da ação do
Planalto, que nas últimas semanas parou de governar para se transformar em um
explícito e indecoroso balcão de negócios, a Comissão Especial do Impeachment
aprovou nesta segunda-feira o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO),
favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo crime de
responsabilidade fiscal.
O relatório foi
aprovado por 38 votos a 27 (não houve abstenções) e agora segue para votação em
plenário, levando o governo Dilma à pressão máxima. A derrota já era esperada
pelo Planalto, mas os números foram ainda piores do que o previsto para Dilma:
pela manhã, quando os trabalhos foram abertos, o governo esperava ter entre 28
e 30 votos contrários ao relatório, enquanto a oposição falava em 35 votos pelo
prosseguimento do processo - um mau sinal para o Planalto, que apostas todas as
fichas no plenário.
O governo abriu o caixa
e colocou à mesa para barrar o processo contra Dilma os principais instrumentos
de barganha já conhecidos entre os parlamentares: o comando das mais
importantes pastas na Esplanada dos Ministérios, cargos no segundo e terceiro
escalão e liberação de emendas estrategicamente represadas pelo Executivo.
Ainda assim, não atingiu maioria entre os 65 deputados da comissão,
sacramentando a derrota que já era esperada pelo Planalto.
Da Veja.com
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