Em uma sessão com quase
cinco horas de duração, o relator da Comissão Especial do Impeachment na Câmara
dos Deputados, Jovair Arantes (PTB-GO), leu nesta quarta-feira o parecer em que
aceita a continuidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma
Rousseff. "A hipótese de esta Casa
se furtar a autorizar tal julgamento não vai contribuir para solucionar a
crise. Ao contrário, a não autorização do processo somente irá aprofundar o
sentimento de desconfiança nas instituições e a falta de transparência",
afirmou.
Terminada a leitura, o
colegiado foi tomado por manifestações de deputados pró e contra a deposição da
petista: opositores entoram o Hino Nacional e servidores do PT puxaram na
sequência gritos de 'golpista' contra o relator. Agora, serão concedidas vistas
aos parlamentares, motivo pelo qual o parecer só deverá ser votado na
segunda-feira (entenda abaixo o passo-a-passo do processo). Após a votação, o
relatório será encaminhado ao plenário da Câmara.
Arantes rebateu a
principal tese de defesa de Dilma. "O
processo de impeachment não é um golpe de Estado, na exata medida em que
objetiva preservar os valores éticos, políticos e jurídicos administrativos
consagrados na Constituição Federal. O impeachment resguarda a legitimidade do
mandato político. Nesse processo, cassa-se o mandato", afirmou
Arantes. "O mais importante é que a gestão temerária das finanças públicas
gerou uma crise de solução dolorosa, sem precedentes no país.
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