O Ministro do Supremo
Tribunal Federal, Gilmar Mendes, quer aproveitar seu mandato na presidência do
Tribunal Superior Eleitoral, assumido há três semanas, para discutir uma
reforma política no Brasil. Ele acredita que, sem ela, casos de corrupção como
o do Petrolão podem continuar levando o País a “uma democracia falseada” onde,
segundo ele, “só uma força política cria condições de disputar e ganhar as
eleições”.
Mendes explica, numa
referência clara ao PT: “Porque só ela disporia de recurso. Esse era o modelo
desenhado a partir da apropriação das empresas e do modelo de governança que se
instalou e se desenvolveu em relação a empresas estatais como a Petrobras”, afirmou.
Segundo o ministro, o discurso de que “a Petrobras é nossa”, entoado por
partidos ligados ao governo, permitiria outra leitura: “A Petrobras é ‘nossa’?
‘Nossa’ quem, cara pálida?”. Para Gilmar Mendes, a resposta encerra o óbvio
ululante: “’Nossa’, do partido (PT), e nós podemos nos apropriar da Petrobras”.
“Com Dilma o Brasil não tinha governo. Agora, já se tem uma equipe e as
coisas começam a se delinear, mas com grandes dificuldades. Não nos esqueçamos
também que se trata de um governo provisório enquanto existir esse processo de
impeachment no Senado. O cenário só se estabilizará depois que soubermos qual
vai ser a decisão do Senado sobre o impeachment”, disse o ministro.
0 comentários:
Postar um comentário