O presidente interino
Michel Temer disse hoje (4) que não teme propor medidas impopulares, se forem
para melhorar o país. “O meu objetivo não
é eleitoral. Se eu ficar mais dois anos e meio e conseguir colocar o Brasil nos
trilhos, para mim basta. Não quero mais nada da vida pública”, declarou.
Temer participou nesta
segunda-feira da Global Agrobusiness Fórum, na capital paulista. Ao discursar,
ele disse que, em pouco tempo de governo, já conseguiu estabelecer uma conexão
entre o Executivo e o Legislativo. “Num
estado democrático, você depende do apoio do Congresso Nacional. Num estado
autoritário, você o ignora”, disse.
Ele citou exemplos como
desvinculação das receitas orçamentárias, a modificação da meta fiscal, a
proposta limitadora de gastos (que terá também os estados incluídos) e a
renegociação das dívidas dos governos estaduais.
Michel Temer defendeu,
ainda, o aumento salarial do funcionalismo, que, segundo ele, foi prefixado,
abaixo da inflação. “Se não fizéssemos aquele
acordo em níveis abaixo da inflação, corríamos o risco de ter greve nos setores
essenciais, uma coisa politicamente muito desastrosa para o país”, disse.
Temer garantiu que o governo está empenhado na contenção de gastos.
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