O Ministério Público
Federal (MPF) denunciou hoje (1º) à Justiça o ex-ministro Paulo Bernardo pelos
crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Paulo
Bernardo é acusado de receber recursos de um esquema de fraudes no contrato
para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento. Se a
Justiça receber a denúncia, o ex-ministro torna-se réu e responderá a processo.
Além do ex-ministro, outras 19 pessoas foram denunciadas pelo MPF. Elas são
acusadas de montar uma organização criminosa no Ministério do Planejamento
entres os anos de 2009 e 2015.
No dia 23 de junho,
Paulo Bernardo foi preso por suspeita de ter recebido R$ 7,1 milhões de propina
em um esquema envolvendo uma empresa de software, a Consist, que administrava
contratos de crédito consignado para funcionários públicos. De acordo com as
investigações, agentes públicos e políticos recebiam pagamentos ilegais a
partir do contrato feito com a empresa. Os serviços da empresa eram custeados
por uma cobrança de cerca de R$ 1 de cada um dos funcionários públicos que
aderiam a essa modalidade de crédito. O inquérito aponta que, desse montante,
70% era desviado para empresas de fachada. A partir dos contratos falsos, os
recursos chegavam aos destinatários finais, entre eles o ex-ministro.
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