Nem no feriado de Sete
de Setembro, deputados tiveram sossego em relação à sessão que analisará o
processo de cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB).
Parlamentares têm comentado que a pressão para que eles compareçam ao plenário
na próxima segunda-feira está muito forte. Aliados de Cunha, acusado de omitir
contas na Suíça, tentam esvaziar o plenário, a fim de não haver votos
suficientes para cassar o mandato do parlamentar. Outra possibilidade é puni-lo
apenas com uma suspensão.
Faltar à sessão seria
uma forma de proteger Cunha e, ao mesmo tempo, evitar o desgaste de ter que
votar contra a cassação. O deputado foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) por atrapalhar as investigações contra si no Congresso e no Judiciário.
Ele responde a duas ações penais no tribunal, por corrupção e lavagem de
dinheiro. Mas, entre inquéritos, pedidos de apuração preliminar e ações de
improbidade, já responde a 12 procedimentos na Justiça.
Cento e quarenta e dois
dos 513 deputados — quase um terço da Câmara — já confirmaram presença no
julgamento do processo. A informação é de um balanço do site Congresso em Foco,
atualizado até às 17h de ontem. Segundo enquente do jornal O Globo, 253
deputados garantiram que votarão a favor da perda de mandato.
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