Ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) criticaram a prática de pagamentos acima do teto
constitucional que beneficiam três a cada quatro juízes brasileiros, conforme
mostrou reportagem do GLOBO deste domingo. Vencimentos maiores que o recebido
pelos integrantes do STF (R$ 33.763), valor estabelecido como limite no
funcionalismo pela Constituição, só são possíveis graças a “dribles”, afirmou o
ministro Marco Aurélio Mello.
Segundo ele, a regra
constitucional é “esvaziada” pelos penduricalhos — como vantagens e indenizações
— criados como forma de inflar os subsídios dos magistrado. “Quando se criou o
subsídio foi para não se ter outras parcelas. Subsídio é parcela única, não
deveria haver essa distorção. Muito menos rotulando certas parcelas como
indenizatórias para fugir do teto. Até porque, pela regularidade e natureza,
vemos que essas parcelas são remuneratórias”, disse.
O ministro Gilmar
Mendes defendeu que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidido pela
ministra Cármen Lúcia, aja para proibir os pagamentos acima do teto no
Judiciário, classificando-os de “loucura”. “Por
resoluções que editou ou pela falta de fiscalização, o CNJ permitiu que se
criasse o caos e agora precisa agir para voltarmos à normalidade”, comentou
Gilmar Mendes.
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