Por Carlos Santos
“O Príncipe”, livro de Nicolau Maquiavel, uma das pérolas da Ciência Política, parece sempre atual, quando a gente observa o frisson desses tempos.
“O Príncipe”, livro de Nicolau Maquiavel, uma das pérolas da Ciência Política, parece sempre atual, quando a gente observa o frisson desses tempos.
Ele data de 1513.
De lá até nossos dias,
parece ser crônica do poder cotidiano.
E olhe que já se
passaram 503 anos do seu lançamento.
Atualíssimo, que se
diga.
Mergulho em um de seus
trechos, para descobrir que parece ser uma crônica de nossos dias, em nossa
cidade, por exemplo:
“(…) O príncipe que defenda seus domínios com o apoio de mercenários, nunca terá uma posição firme ou segura, pois são soldados desunidos, ambiciosos, sem disciplina e infiéis, ousados entre amigos, covardes frente aos inimigos; não temem a Deus nem são leais aos homens.”
Tem mais: “Os que
entregam a sua proteção aos mercenários são despojados na guerra pelos
inimigos, e na paz por eles próprios (…)“.
Não precisamos ir longe
para encontrarmos esses personagens: os príncipes e seus mercenários nunca saem
de cena.
Do Blog:
Um grande manual para o
governante e mais ainda para o povo, se este o entendesse e adotasse na escolha
daquele que o comandará.
Uma das grandes falhas
dos cursos de direito e outros cursos atuais é o desprezo por obras como essa,
cito ainda o Contrato Social de Rousseau, ou outras obras primas da filosofia
jurídica e política de Autores como Kant, Hegel, entre outros que conheci no
meu curso de história.
Um livro como O
Príncipe deve ser leitura obrigatória para todos, mais ainda àqueles que se
colocam como debatedores da política. Infelizmente, a maioria só lê a tabuada
que seu cacique ensina, para recitar como prece vazia.
Precisamos evoluir.
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