O prefeito eleito da
cidade de Pau dos Ferros, Leonardo Rêgo (DEM), venceu as eleições municipais de
2016 e retornará ao Executivo da principal cidade do Alto Oeste potiguar no ano
que vem. Ele comandou a gestão municipal por oito anos, entre 2005 e 2012, e
deixou o cargo após conseguir eleger o atual prefeito, que à época era seu
aliado político.
O prefeito eleito
concedeu entrevista ao NOVO JORNAL (Veja AQUI), nesta sexta-feira (11), e
detalhou alguns de seus projetos, bem como criticou a gestão atual.
Leonardo Rêgo tem
planos para melhorar as condições financeiras da cidade, e também garantir
investimentos federais para amenizar os efeitos da seca sobre Pau dos Ferros.
Ele propõe ainda medidas para conviver com a crise econômica que atinge todo o
país e a redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Confira
abaixo a íntegra da entrevista:
NOVO
-
Como o senhor pretende gerir Pau dos Ferros diante da crise econômica que
atinge todo o país?
Leonardo
Rêgo
- Diminuir consideravelmente o custeio. Ou seja, estabelecer uma estratégia
explícita de choque de gestão, reduzindo o tamanho da máquina, incrementando a
arrecadação própria, para, em primeiro plano, dotar a prefeitura de equilíbrio
financeiro e, posteriormente, de capacidade de investimento.
NOVO
- A redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é grande reclamação
para os gestores municipais. Como o senhor pretende contornar essa situação
para conseguir administrar de maneira satisfatória a cidade?
Leonardo
Rêgo
- Governei o município durante oito anos (2005-2012), essa característica da
queda de receita do FPM sempre existiu. O gestor tem que controlar
permanentemente os gastos e ter o arrojo que tive para implantar uma política
tributária eficiente, proporcionando um incremento na sua arrecadação e
garantindo a estabilidade financeira da prefeitura. Exemplificando, no período
em que fui prefeito nossa gestão realizou 167 obras, das quais 106 foram feitas
com recursos próprios da prefeitura.
NOVO
- Quais os seus principais projetos para a cidade?
Leonardo
Rêgo
- Garantir o funcionamento com plena eficiência dos serviços essenciais para a
população, principalmente modificando o cenário caótico da saúde pública na
nossa cidade, priorizando o atendimento da atenção básica e a abertura da UPA
24 horas, que está pronta há exatos 37 meses e nunca funcionou. Retomar e
concluir as dezenas de obras paralisadas pela atual gestão, reimplantar os
programas de grande alcance social que também foram extintos, honrar com os
compromissos assumidos com a população, nas diversas áreas da administração,
através do nosso plano de governo, que foi detalhadamente debatido no
transcorrer do período eleitoral.
NOVO
-
O senhor cumpriu dois mandatos à frente da Prefeitura, saiu por quatro anos e
agora retorna ao Executivo da cidade. O que considera que mudou em Pau dos
Ferros de quando o senhor deixou a gestão municipal para como a cidade se
encontra agora?
Leonardo
Rêgo
- O atual gestor foi eleito compondo o nosso grupo político, com um propósito
claro de continuidade administrativa. Infelizmente o resultado na prática foi
trágico, o município entrou em um completo retrocesso administrativo. Mais do
que ninguém a população de Pau dos Ferros é testemunha da minha afirmação,
tanto é que, através do ato democrático, decidiu soberanamente referendar o
nosso nome para representá-los no futuro.
NOVO
-
A seca tem sido grande problema para todo o Nordeste nos últimos anos,
inclusive para Pau dos Ferros. Como o senhor pretende lidar com esse problema?
Leonardo
Rêgo - A seca hoje inquestionavelmente é o principal
problema que atinge o semiárido nordestino. Pau dos Ferros hoje é abastecida
por uma adutora de emergência (engate rápido), que foi construída no período em
que estive à frente da Semarh (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos
Recursos Hídricos), levando água da barragem de Santa Cruz, em Apodi, até nossa
cidade. Com relação a esse tema, teremos uma prioridade no nosso futuro
mandato, que será a articulação junto ao governo federal, por meio do
Ministério da Integração Nacional, para garantirmos a construção do ramal
Apodi/eixo Norte da transposição do rio São Francisco, que terá 116 km de
extensão, entre canais, aquedutos, túneis e barragens, contemplando Pau dos
Ferros e mais 43 municípios do nosso estado, através desse ramal.
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