O orçamento aprovado
pelos deputados estaduais para custeio e investimento público do Governo do
Estado em 2017 recebeu 350 emendas parlamentares. Na tarde desta quarta-feira
(21) o Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) – que estima a receita e fixa as
despesas para o exercício de 2017 – foi finalizado em R$ 12,3 bilhões. O
montante será dividido em R$ 7,6 bilhões do Orçamento Fiscal e R$ 4,6 do
Orçamento da Seguridade Social.
A peça orçamentária
chegou à Casa em setembro e tramitou na Comissão de Finanças e Fiscalização
(CFF), presidida pelo deputado Tomba Farias (PSB), com relatoria do deputado
George Soares (PR). O projeto analisado reflete a situação financeira do Estado
com congelamento no orçamento dos Poderes e dos órgãos autônomos. Houve uma
queda no índice de repasse do valor global de 23% para 21% e ampliação da
margem de remanejamento de recursos pelo Executivo em 2%, ficando o total de
12%.
“O Poder Legislativo
cumpre seu papel de mediador junto aos demais poderes, setores sociais,
sindicais e empresariais. Fizemos uma discussão orçamentária bastante
participativa e alinhada com a realidade. Nestas negociações as partes
entenderam o atual momento de escassez de recursos. Além disto, fomos
propositivos. Diante da crise, o Poder Legislativo partiu na frente anunciando
cortes e mantendo o orçamento de 2017 nos parâmetros de 2016, assim como já
tínhamos proposto no orçamento de 2015”, avaliou o deputado Ezequiel Ferreira de
Souza (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa.
Antes da votação, os
parlamentares se reuniram na Comissão de Fiscalização e Finanças (CFF) e
ajustaram o relatório final do orçamento, dentro do entendimento estabelecido
entre os Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e órgãos Ministério Público
e Tribunal de Contas do Estado. A comissão discutiu e aprovou o
redimensionamento do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o exercício de 2017
em função de o Tribunal de Justiça ter aberto mão do valor de R$ 83 milhões.
Com a nova
redistribuição dos recursos, o Tribunal de Justiça vai ficar com R$ 822,8
milhões: a Assembleia Legislativa com R$ 334,8 milhões; o Ministério Público
com R$ 302,5 Tribunal de Contas com R$ 91,2 e a Defensoria Pública com 30,5
milhões.
De acordo com o
relator, as cerca de 350 emendas foram uma forma para atender os Poderes e
órgãos autônomos. Os deputados não alteraram os valores previstos no projeto
original, destinados à Saúde, Educação e Segurança. Para a Saúde, permaneceu o
valor de R$ 1,41 bilhões; Educação R$ 1,62 bilhões. A Segurança Pública
receberá recursos na ordem de R$ 1,2 bilhões.
A proposta compreende o
Orçamento Fiscal, referente aos poderes do Estado, seus Fundos, Órgãos e
Entidades da administração Direta e Indireta; Orçamento da Seguridade Social,
abrangendo todos os Fundos, Órgãos e Entidades da Administração Estadual Direta
e Indireta; e Orçamento de Investimento das Empresas em que o Estado, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
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