A Câmara dos Deputados
demonstra, em cada contrato e licitação, o pouco zelo com o recurso público. No
ano passado, um contrato rendeu à Companhia Energética de Brasil (CEB) a
bagatela de R$ 13,33 milhões.
A montanha de dinheiro
foi destinada à “contratação do fornecimento de energia elétrica às áreas
comuns e privativas dos blocos de apartamentos funcionais”.Cada deputado tem
direito a uma unidade funcional. Os apartamentos são localizados na Asa Sul ou
na Asa Norte, bairros nobres da Capital da República.
Além do alto custo com
energia elétrica, arcado pelo distinto contribuinte, o imóvel custa, em média,
R$ 2,2 milhões. Tudo para acomodar com muito conforto suas excelências,
suprindo assim as variadas regalias oferecidas ao detentor do mandato.A
licitação foi realizada em 17 de maio do ano passado. O valor reservado à
energia dos suntuosos apartamentos equivale ao pago por uma loteria, como a
Mega-Sena, a 190 casas populares ou a 35.833 cestas básicas, levando em
consideração o valor no Grande Recife. Aproveitando a onda de teto de gastos
públicos, a conta de luz deveria ser paga pelo deputado.
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