O empresário Joesley
Batista, dono da JBS, maior processadora de carne do mundo, teria gravado o
senador e presidente do PSDB Aécio Neves (MG) pedindo 2 milhões de reais sob a
justificativa de custear sua defesa na Operação Lava Jato. A informação foi
publicada no início da noite desta quarta-feira pelo colunista Lauro Jardim, do
jornal O Globo.
Na gravação de Batista,
que fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, ao
lado de seu irmão Wesley Batista e outros cinco executivos da JBS, Aécio teria
sugerido que o dinheiro fosse entregue a um primo seu. De acordo com o jornal,
o presidente do PSDB teria dito ao empresário que o valor custearia o trabalho
do advogado Alberto Zacharias Toron. A conversa teria durado 30 minutos e foi
gravada em um hotel em São Paulo.
“Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar
alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, teria dito Joesley
ao tucano. “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser
o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de
lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”, teria respondido
Aécio, em uma suposta referência a seu primo Frederico Pacheco de Medeiros.
0 comentários:
Postar um comentário