Um dia após a
presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, cobrar a apuração da
suposta espionagem contra o colega Edson Fachin pela Agência Brasileira de
Inteligência (Abin), o ministro do STF Gilmar Mendes também criticou neste
domingo, 11, a possibilidade de a agência ter feito uma devassa na vida do
relator da Lava Jato na Corte.
“A tentativa de intimidação de qualquer membro do Judiciário, seja por
parte de órgãos do governo, seja por parte do Ministério Público ou da Polícia
Federal, é lamentável e deve ser veementemente combatida”, afirmou Gilmar.
A informação do suposto uso da Abin a pedido do presidente Michel Temer foi
divulgada pela revista Veja deste fim de semana. Segundo a publicação, Fachin –
relator do inquérito contra o presidente – estaria sendo monitorado pela
agência de inteligência após ter sido acionada pelo Palácio do Planalto. A
ação, de acordo com a revista, teria como objetivo buscar fragilidades que
poderiam colocar em xeque a atuação do relator.
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