O deputado Rodrigo Maia
já esteve, há alguns dias, bem mais perto da cadeira de presidente da República
do que está hoje. Maia viabilizou-se junto ao mercado e chegou a animar parte
do establishment, que o considerou viável para a aprovação de reformas. No
plano político, que é o que importa de forma mais imediata, porém, há sinais de
que vai ter que tomar ainda algum Nescau para chegar lá.
Ainda que à base de
troca de deputados, liberação de recursos e outros instrumentos fisiológicos, a
vitória de Michel Temer na CCJ tem seu peso político. Não garante o sucesso da
metodologia no plenário, mas livra o governo da sensação de fim irreversível que
teria tomado conta do ambiente em caso de derrota na Comissão. Claro está hoje
que a oposição não avançou na estratégia de conquistar os 342 votos anti-Temer
no plenário, assim como o governo não tem maioria para encerrar o assunto. Esse
1 X 1 pode durar indefinidamente, e a inércia tende a manter Temer no cargo.
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