Diante da crise, lutar
sozinho pode não trazer os resultados almejados. No Rio Grande do Norte, os
gestores municipais já perceberam a importância de somar esforços na busca por
melhores condições financeiras. Eles estarão em Brasília, no próximo dia 22 de
novembro, para participar da mobilização nacional liderada pela Confederação
Nacional de Municípios (CNM).
A movimentação é uma
das ações da campanha Não deixem os Municípios afundarem, que tem como
principal proposta denunciar o estado de calamidade financeira das cidades. No
Rio Grande do Norte não é diferente. Localizado na região serrana do Estado, o
Município de Patu sofre com a falta de recursos. Conforme explicou o prefeito,
Rivelino Câmara, a cidade vive basicamente das transferências federais. “Meu Município tem cerca de 13 mil habitantes
e coeficiente [do Fundo de Participação dos Municípios] 0,8. E nossa
sobrevivência vem praticamente do FPM”, explicou o gestor.
Para agravar ainda mais
a situação, Patu é uma cidade-polo cujos serviços são acessados por cidades
vizinhas. Segundo o prefeito, as contas foram mantidas em dia até julho, mas
tem sido cada vez mais penoso equilibrar o caixa. “Com essa crise, a gente conseguiu manter, até julho, salário e
fornecedores em dia, mas de lá até aqui a crise acentuou e nós temos tido
dificuldades para colocar as contas em dia”, desabafou Câmara.
Otimista e ansiando por
dias melhores, o gestor confirmou sua presença na grande mobilização em
Brasília. O prefeito de Major Sales (RN), Thales Fernandes, também demonstrou
interesse em fazer parte da movimentação. Ele vê o Auxílio Financeiro aos
Municípios (AFM) como uma forma de conceder às prefeituras alívio para fechar
as contas no final do ano. Além do AFM, a Confederação reivindica a aprovação
de outras matérias urgentes ao movimento municipalista. Entre elas, a derrubada
do veto ao Encontro de Contas, mudanças nos critérios de reajuste do piso do
magistério, aumento do FPM e outras.
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