Sob pressão dos
partidos de sua base aliada, o presidente Michel Temer recuou e vai reavaliar a
decisão de fazer uma reforma ministerial ampla no fim desse ano -em que sairiam
do governo todos os políticos que disputarão eleições em 2018.
Temer agora estuda
fazer substituições pontuais no primeiro escalão nas próximas semanas para
contemplar as siglas de sua coalizão, redistribuindo os demais cargos de forma
fatiada apenas nos meses seguintes.
O presidente e seu
núcleo político preferem fazer uma reforma completa em dezembro, antecipando a
exoneração de 17 ministros que vão se candidatar no ano que vem e precisariam
deixar o cargo em abril.
Após reação negativa de
pelo menos cinco partidos, o presidente passou a considerar novos cenários para
fazer em duas etapas as mudanças que serão determinantes na fase final de seu
governo.
Nesta quarta-feira
(15), em conversa reservada, Temer disse que fará apenas um ajuste em dezembro,
uma vez que uma alteração ampla neste momento pode prejudicar os resultados de
sua administração.
Em conversas com
aliados, ele afirmou ainda que vai ouvir presidentes e líderes das siglas da
base e admitiu que é praticamente impossível adotar o critério eleitoral como
norma geral.
O presidente já começou
a rediscutir as regras que deve adotar para redistribuir os ministérios. A
linha de corte das eleições ainda é considerada o principal critério, defendido
pelos principais auxiliares de Temer: os ministros Moreira Franco
(Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
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