Num momento em que o
professorado da Universidade do Estado do RN (UERN) engatilha nova paralisação,
sob a crença de que estará ladeado por outras várias categorias (o que não
acontecerá), poucos conseguem fazer uma leitura da atual conjuntura do RN e país.
Erro crasso na política sindical, com viés partidário (ou não).
O impulso em defesa da
instituição, do emprego e salários em dia – pleitos absolutamente justos, sem
“as costas largas”, pode ter efeito contrário como este Blog já alertou.
Um bom exemplo do que
assombra e ronda a Uern, é o que ocorre no Rio de Janeiro, espécie de Brasil do
amanhã, ou o Brasil do daqui a pouco.
Parecer do Ministério
da Fazenda sobre Regime de Recuperação do Estado do Rio de Janeiro sugere
medidas adicionais de contenção de gastos. Pela primeira vez, a intenção de
fechar a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e as Universidades
Estaduais foi oficialmente documentada em setembro.
Entre as outras
medidas, estão a demissão de servidores ativos, a extinção de benefícios
previstos para servidores estaduais e criação de alíquota extra para a
Previdência.
Em parecer assinado
pela Secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, são sugeridas outras
formas de arrocho, além das aprovadas na Assembleia Legislativa do RJ (ALERJ).
Uma realidade que pode
em breve espaço de tempo alcançar, no Rio Grande do Norte, a Universidade do
Estado do RN.
Por que não?
Da Guerra
Sem conseguir “se
vender” pelo que vale e questionada pelo o que custa, a Uern pode se
transformar em presa fácil àquelas pessoas que acreditam ter a solução para a
crise financeiro-administrativa do Governo do RN, ou seja, se livrar dela.
Os ‘grevistas’ precisam
fazer a leitura do todo e não apenas de uma parte dessa crise, para entenderem
o que está ocorrendo. Até aqui, tudo indica que não se detiveram a essa
matéria. Rufaram os tambores para o confronto e devem ser presas fáceis na
arena.
O movimento de combate
à vitória, nem sempre é para frente. Começa no entendimento do todo, parte a
parte, esquadrinhando cada detalhe por mais insignificante que possa ser, como
ensinou o general prussiano Carl Von Clausewitz, em “Da Guerra”.
Do Blog do Carlos Santos
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