Desde que disputou o governo
de São Paulo pela primeira vez, em 2002, Geraldo Alckmin repete um mantra quase
enfadonho: “Eu fui copiloto de um grande político, o engenheiro Mário Covas”.
Foi assim em todas as eleições, numa toada que fez dele quatro vezes governador
do mais rico e populoso estado do país, sempre com sobra de votos, mas que
nunca o projetou de fato como o candidato de centro-direita capaz de desalojar
o PT – e sobretudo o ex-presidente Lula — da cadeira que administra o Brasil.
Neste sábado, Alckmin
será escolhido para comandar o PSDB, num evento em Brasília, e discursará como
postulante oficial dos tucanos ao Palácio do Planalto. Ladeado por uma nova
geração de marqueteiros e jornalistas, o tucano se apresentará como um político
castigado pela derrota que nunca esqueceu, justamente para Lula, em 2006, e a
quem convida a um “tira-teima” doze anos depois, mas com a tentativa, quase
hercúlea, de unir o PSDB — partido para o qual o verbo unir nunca fez sentido.
Do Revista Veja
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