O Rio Grande do Norte
acumulou um superávit de R$ 4 bilhões entre 2011 e 2014, exatamente nos quatro
anos da gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini, hoje prefeita de Mossoró
pela quarta vez. O resultado positivo entre receita e despesa foi parte do um
rigoroso plano de austeridade financeira, como forma de livrar o Estado do
caminho da falência e, por consequência, devolvê-lo aos índices saudáveis das
contas públicas.
Rosalba obteve êxito,
conforme mostra o diagnóstico acima revelado pelo especialista em contas
públicas Raul Velloso. Por consequência, tirou o Estado da lista negra da
União, recuperando o direito de receber transferências via convênios e o poder
de endividamento. Não custa lembrar que a gestão anterior de Wilma de
Faria/Iberê Ferreira entregou a Rosalba o Estado com um rombo de quase R$ 1
bilhão.
As medidas tomadas pela
gestão Rosalba, não compreendidas por setores dos poderes e por grande parte da
sociedade, foram chanceladas pela maior operação de financiamento na história
do RN junto ao Banco Mundial: 540 milhões de dólares via programa RN
Sustentável. Aliás, é com esses recursos que o atual governo realiza obras em
áreas vitais como saúde, segurança hídrica, educação e infraestrutura.
A falta de compreensão
impôs a Rosalba elevado índice de reprovação popular. Talvez, e provavelmente,
pelo fato de ela ter perdido a guerra da comunicação. Ela não conseguiu
transmitir ao cidadão os benefícios carreados para o estado a partir do
equilíbrio das contas públicas. Sequer teve direito de concorrer à reeleição,
quando teria o palanque para prestar contas diretamente ao cidadão, isso porque
o seu partido lhe negou legenda.
Agora, três anos
depois, esses números são ressaltados de forma mais clara, técnica e justa,
exatamente no momento em que o Estado está mergulhado em profunda e grave crise
financeira. O governo Robinson Faria (PSD), que recebeu das mãos de Rosalba um
superávit de R$ 4 bilhões, mergulhou o RN numa trajetória negativa até acumular
um déficit de R$ 2,8 bilhões, compreendendo o período de 2015 (primeiro ano da
gestão Robinson) e 2017.
Por consequência, o
Estado perdeu o poder de endividamento e está impedido de receber
transferências federais em forma de auxílio financeiro. Daí, a exigência de
ajuste fiscal com doses amargas ao cidadão.
Esse descompasso fiscal
acarretou salários atrasados, greve dos servidores e uma onda de violência
nunca antes vista por essas terras de Poti.
O tempo é inexorável.
Cedo ou tarde, a verdade aflora.
Do Jornal de Fato/ Coluna César Santos
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