O Presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, começou no último domingo (10) a realizar exercícios
militares que vão se prolongar até sexta-feira. No discurso que fez, Maduto
voltou a acusar Donald Trump de pretender intervir no país sul-americano.
“Que Donald Trump não nos ameace. Fora Donald Trump da Venezuela, fora
as suas ameaças, aqui há força armada e aqui há povo para defender a honra, a
dignidade e o decoro de uma pátria que luta há mais de 200 anos”, disse
numa cerimônia com militares no estado de Miranda, arredores de Caracas.
No seu discurso,
transmitido pelo canal estatal VTV, o líder venezuelano anunciou que aprovará
os investimentos necessários para que a Venezuela “possua todo o seu sistema de
defesa antiaérea e antimíssil”.
“Para
tornar os nossos lugares e povoações locais inexpugnáveis, inexpugnáveis por
ar. Por terra eles não podem se meter porque aqui estão os soldados de Bolívar
que fariam pagar caro ao império norte-americano qualquer ousadia de tocar o
solo sagrado da pátria venezuelana”, prosseguiu, citado
pela agência noticiosa Efe.
Estas manobras, que
incluem civis e militares, foram convocadas por Maduro após o parlamento,
controlado pela oposição, não o reconhecer como presidente legítimo desde
janeiro, quando se iniciou o seu segundo mandato após reeleito numa eleição
presidencial considerada ilegítima por diversos países, entre eles o Brasil.
A crise política na Venezuela
agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan
Guaidó, se autoproclamou presidente da república interino e declarou que
assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro, com a missão de realizar
eleições presidenciais livres e transparentes.
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