Os procuradores da
força-tarefa Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba
encaminharam documento ao Supremo Tribunal Federal (STF) no processo referente
à medida cautelar na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)
nº 568, que questiona o acordo firmado entre o MPF e a Petrobras, homologado
pela 13.ª Vara da Justiça Federal do Paraná.
Segundo as leis
americanas, a estatal deveria pagar uma significativa multa aos Estados Unidos.
Os procuradores dizem que “graças aos esforços da força-tarefa, foi acertado
que cerca de R$ 2,5 bilhões (80% da multa) ficariam no Brasil, mas para isso
era necessário encontrar uma destinação que atendesse as normas dos Estados
Unidos”.
“Pelo acordo com o MPF, metade desse valor seria destinado a um fundo
patrimonial a ser gerenciado por uma fundação independente, o que gerou debate
na sociedade”, diz a força-tarefa Lava Jato.
Segundo os
procuradores, “para possibilitar a interlocução junto a outros órgãos visando a
conferir maior segurança jurídica à forma de encaminhamento dos recursos, a
força-tarefa solicitou ao Juízo a suspensão do prazo para a criação da fundação”.
A ADPF, subscrita pela
procuradora-geral Raquel Dodge, foi ajuizada pela Procuradoria-Geral da
República poucas horas depois dessa solicitação.
As informações
prestadas ao STF “explicam a razão pela qual os recursos não poderiam ser
transferidos para a União Federal, sendo o acordo uma forma de viabilizar a
permanência dos valores no Brasil”.
No documento, a
força-tarefa apresenta um breve histórico do acordo, “incluindo o
acompanhamento feito pela Procuradoria-Geral da República”, e as justificativas
para sua realização, reforçando a importância do exercício da independência
funcional pelos membros do Ministério Público Federal.
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