A administração
estadual chegou às mãos da atual governadora Fátima Bezerra (PT) com déficit de
duas folhas integrais e duas parciais.
Ficaram mais de R$ 1,2 bilhão só de compromissos com o funcionalismo.
A esperança de
atualizar salários, mas sem fazer o dever de casa, é vendida como fórmula
mágica e panaceia pela governadora. Mas está longe de ser uma realidade. A
própria “solução” doméstica do Fundo Previdenciário (FUNFIR) está aí para
provar.
No dia 18 de dezembro
de 2014, a poucos dias de deixar o governo, Rosalba Ciarlini conseguiu aprovar
na Assembleia Legislativa (com voto contrário do deputado Fernando Mineiro-PT)
o projeto 526/2014, que unificava o Fundo Previdenciário e o Fundo Financeiro
dos servidores estaduais. Contou nessa costura política com apoio do seu
próprio vice “dissidente”, então eleito governador, Robinson Faria.
Consequências
O sistema
previdenciário do RN tinha o Fundo Financeiro, que recebia contribuição dos
servidores ativos e possuía quase R$ 1 bilhão, destinados à cobertura da
aposentadoria de quem fazia parte do serviço público estadual desde 2005. Já o
Fundo Previdenciário abrangia os servidores que ingressaram no estado antes de
2005, com déficit mensal da ordem de R$ 70 milhões/mês na época.
O Funfir assegurado na
AL foi logo utilizado por Rosalba em três saques que passaram dos 234 milhões
de reais. O interessante, é que a
governadoria havia informado aos deputados e opinião pública que só precisaria
de no máximo R$ 150 milhões. O primeiro saque aconteceu logo no dia 19, data da
publicação da lei. O terceiro e último na sua gestão no dia 26 de dezembro.
Robinson Faria utilizou
mais de 589 milhões apenas em 2015, seu primeiro ano de governo. Quase limpou o
“tacho” em meados de 2018, seu último ano de gestão. Ele e Rosalba apegaram-se
a essa reserva como tábua de salvação mais política do que financeira. As
consequências deverão ser sentidas por muitos e muitos anos.
Do Blog do Carlos Santos
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