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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Sob ataques e desgastes, DEM tenta se ‘desligar’ do Centrão

O DEM iniciou uma ofensiva para deixar de ser rotulado como Centrão. A estratégia do partido, que fez uma convenção nacional, foi montada para reagir ao desgaste cada vez maior da imagem de fisiologismo grudada no Centrão desde a época em que o então deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), hoje preso, comandava o bloco na Câmara.

Sob o mote “O Brasil não pode parar”, a convenção do DEM, em Brasília, defendeu a agenda econômica com foco nas reformas da Previdência e tributária, mas, nos discursos, dirigentes do partido mantiveram distância regulamentar do Centrão. A campanha para “desligar” a sigla do grupo também terá destaque nas redes sociais.

Classificado pelo presidente Jair Bolsonaro como “velha política”, o Centrão foi alvo, no domingo, das manifestações de rua em defesa do governo. O bloco informal reúne partidos como DEM, PP, PL (ex-PR), PRB, MDB e Solidariedade e é formado por cerca de 230 dos 513 deputados.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), é visto como articulador político do grupo, que já impôs uma série de derrotas ao Palácio do Planalto, como a retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e a aprovação do Orçamento impositivo.

“O Democratas nunca será Centrão”, disse o presidente do DEM, ACM Neto, logo após as mobilizações, há quatro dias, dando a senha para a reação do partido. Prefeito de Salvador, ACM Neto saiu em defesa de Maia, que foi criticado nas ruas. No Rio, manifestantes carregaram até mesmo um boneco pixuleco com o rosto do deputado.

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