A Comissão Parlamentar
de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte esteve no Hospital
Infantil Varela Santiago, na manhã desta quarta-feira (26), para conhecer a
situação atual da unidade, que é referência em cirurgias, tratamento de câncer
e outros procedimentos de saúde para crianças potiguares.
O presidente da
Comissão de Saúde, deputado Galeno Torquato (PSD), os deputados Eudiane Macedo
(PTC) e Getúlio Rego (DEM), membros da Comissão, e Gustavo Carvalho (PSDB),
foram recepcionados pelo médico Paulo Xavier, diretor superintendente da
instituição. A comitiva expôs ao diretor a intenção de realizar um diagnóstico
da situação da saúde do RN e sugerir soluções para os gargalos e demandas
encontradas.
Para Galeno Torquato, a
alta qualidade de serviços de saúde oferecidos pelo Varela Santigo, o faz
referência na atenção à infância. Ele recebeu com indignação a informação de
que o Governo do Estado não deu continuidade ao convênio que mantinha com o
hospital há mais de 30 anos. "A Comissão irá em busca de explicações da
governadora e do secretário de saúde para saber os motivos da descontinuidade
do repasse de recursos para o Varela Santiago que conhecemos a presteza da
funcionalidade, a boa gestão. A unidade é responsável por mais de 14 mil
procedimentos ao mês em crianças de todos os municípios do RN. Esse repasse
deveria ser prioridade do Governo", cobrou Galeno.
Eudiane Macedo acredita
que "o Hospital Varela Santiago presta um serviço de fundamental
importância às crianças do Estado e precisa manter esse convênio com a Secretaria
Estadual de Saúde. Viemos conhecer um pouco mais da realidade do Varela e
estamos nos colocando à disposição, enquanto Comissão de Saúde, para
intermediar uma solução."
O deputado Getúlio
Rêgo, que também é médico, declarou que faltou sensibilidade do Governo em não
realizar o repasse. "Esse hospital é digno de aplausos, o tratamento para
o paciente e para família é de 5 estrelas", disse Getúlio.
Paulo Xavier, dirigente
da instituição há duas décadas, agradeceu a visita e frisou que o apoio
recebido é muito importante para solucionar o problema. "Somos uma casa
filantrópica, temos 110 leitos pediátricos que atendem exclusivamente o SUS,
efetuamos cerca de 400 cirurgias ao mês, além de tratar pacientes oncológicos e
os únicos a realizar neurocirurgias pediátricas na rede pública", ressalta
Xavier.
Segundo o diretor,
desde janeiro ele tenta uma audiência com a governadora para restabelecer o
repasse, que é responsável pela viabilização das grandes cirurgias que dependem
da alimentação parenteral. "Ontem já foi preciso cancelar 80 delas",
finalizou.
A Comissão de saúde já
visitou o Hospital Regional Deoclécio Marques, em Parnamirim, o Hemocentro do
RN Dalton Cunha e o Hospital Ruy Pereira. A meta é mapear e emitir um
diagnóstico completo da saúde pública do Rio Grande do Norte.
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