O ministro Paulo Guedes
(Economia) procura um perfil de mercado para a vaga de Joaquim Levy, que pediu
demissão do BNDES na manhã deste domingo (16), informa Mariana Carneiro.
A ideia é trazer alguém
que conheça a operação de um banco de investimentos, a exemplo de Pedro
Guimarães, que preside a Caixa é considerado bem-sucedido na função.
Guimarães acionou
rapidamente a venda de ações da Petrobras em poder do banco estatal, como havia
orientado Guedes. Há uma semana, ele anunciou que a Caixa devolverá R$ 20
bilhões neste ano ao Tesouro, cumprindo outra ordem do ministro, de
“despedalar” o banco.
Já Levy resistia em
empregar mudanças no BNDES. Não se comprometeu com a devolução dos R$ 126
bilhões solicitados por Guedes e não deu corda ao discurso de abrir a
“caixa-preta”, que Bolsonaro prometeu na campanha. Em que pese as críticas, as
investigações da Lava Jato não detectaram, até o momento, envolvimento de
funcionários do banco.
No BNDES, auxiliares de
Levy dizem que o agora ex-presidente era muito cuidadoso em assinar documentos
e demorava a tomar decisões.
No governo, a visão é
que seis meses foi tempo suficiente para avaliar o trabalho do executivo no
BNDES e a conclusão é que não funcionou.
Guedes ainda não fechou
um nome e fará conversas nas próximas horas para fazer uma indicação até, no
máximo, esta segunda (17). Executivos do mercado já estariam sendo sondados.
Toda a equipe do
ministro veio do setor privado e é lá onde Guedes tem mais contatos, por isso,
a busca ocorre no mercado. O nome de Solange Vieira, que é funcionária de
carreira do BNDES e hoje comanda o redesenho do setor de seguros, na Susep,
também está em avaliação.
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