A procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, enviou ofício ao diretor-geral da Polícia Federal,
Maurício Valeixo, solicitando que a corporação unifique em um inquérito só as
diversas investigações abertas para apurar ataques de hackers a procuradores do
Ministério Público Federal ( MPF ).
Para Dodge, houve um
“ataque cibernético sistemático” contra membros da instituição e, por isso,
seria importante adotar uma linha de investigação unificada. A
procuradora-geral diz que é importante descobrir os motivos dos ataques e se há
“eventuais contratantes” do serviço criminoso.
A PF já abriu ao menos
quatro inquéritos para apurar os ataques, relacionados às forças-tarefas da
Lava-Jato em Curitiba, Rio, São Paulo e Brasília. Caso o pedido de Dodge seja
aceito, será tudo unificado em um inquérito só.
Para agilizar as
investigações, a procuradora-geral encaminhou à Polícia Federal cópias de
documentos para subsidiar a apuração desses crimes. Ela também solicitou ao
diretor-geral informações sobre o atual estágio das investigações relativas à
invasão das contas dos membros no aplicativo Telegram.
No ofício, Raquel Dodge
pontua que “a ação criminosa resultante dessa invasão da conta dos membros, ou
o chamado ‘sequestro’ de identidade dentro do aplicativo, tornou-se de
conhecimento público a partir de recente divulgação, pela mídia, de dados e
informações coletados de forma ilícita de celulares de membros do MPF”,
divulgou a PGR em comunicado à imprensa.
Os primeiros ataques
contra membros das forças-tarefas de Curitiba e do Rio foram comunicados em
maio à PGR, que abriu um procedimento administrativo para apurar o assunto. Na
ocasião, também foi solicitado a abertura de inquérito policial.
Dodge pediu ainda à PF
a abertura de uma investigação sobre a invasão do celular do conselheiro
Marcelo Weitzel, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). De acordo
com a colunista Bela Megale, seu telefone foi invadido por um hacker que enviou
mensagens ao grupo do CNMP no Telegram.
0 comentários:
Postar um comentário