O vice-presidente da
Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal, Luciano Soares Leiro,
classificou como uma questão de honra a operação que resultou na prisão dos
quatro suspeitos de hackear o celular do ministro Sérgio Moro e de outras
autoridades. “A palavra certa é essa
ousadia, porque se você tem um aparato de persecução penal e esse aparato é
invadido por aqueles que deveriam estar sendo investigados, então isso é
realmente uma questão de honra. E é por isso que nós estamos com todos os
esforços possíveis para poder fazer essa apuração”, disse, em entrevista ao
CB.
Leiro também comentou
sobre os supostos diálogos entre o então juiz Sérgio Moro e integrantes da
Operação Lava-Jato. Ele disse não enxergar irregularidade nas mensagens. “Você deve evitar esse tipo de contato, mas é
normal e acontece”, frisou. Segundo ele, as conversas não comprometem a
validade da operação. “Tudo que foi
investigado na Lava-Jato já passou por várias instâncias e todas referendaram
em sua quase totalidade. A operação não é só o ministro Sérgio Moro e o
procurador Dallagnol (Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em
Curitiba), é todo um arcabouço que está validado. Acredito muito nas provas que
foram colhidas, porque foram ratificadas, são robustas e ninguém fabricou o que
foi apurado.”
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