O Governo Fátima
Bezerra sustentou enquanto pode, ao lado de outros raros governantes estaduais
à esquerda, uma luta desigual e natimorta contra aquilo que, em seu íntimo,
precisam e esperam à amortização da crise nos estados federados.
Na prática, a
governadora não capitulou ou recuou. Aquietou o facho e aplacou retórica
ideologizada feita à torcida, sem qualquer resultado prático.
Em seu estado, o RN,
Fátima convive com problemas insanáveis do ponto de vista financeiro/fiscal.
Sem o socorro da União, é absolutamente impossível sair desse fosso.
Ainda ano passado (15
de novembro), numa entrevista muito sensata, o hoje titular da Secretaria
Extraordinária para Gestão de Projetos e Metas do Governo do RN, ex-deputado
estadual Fernando Mineiro (PT), já preconizava ao falar para o Blog Carlos
Santos:
- “Não há saída local
para a crise“.
E acrescentou: “Não tem
mágica. Despesas precisam ser reduzidas, arrecadação precisa aumentar, mas sem
um pacto federativo não haverá solução”.
Fátima Bezerra precisa
dessa reforma, mas claramente poderia ter sido mais austera e ousada, na tomada
de decisões que pudessem reduzir o impacto dessa asfixia. Seguiu à espera de
milagres de Brasília ou do céu. Não agiu.
Ela não quis melindrar
o corporativismo e abalar sua biografia de origem sindical. O professor e
economista da Universidade do Estado do RN (UERN), Leovigildo Cavalcanti,
traduziu bem o resultado dessa postura de marcante tibieza: “O que vejo é o
Estado em direção ao precipício”.
Do do Blog Carlos Santos
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