A Petrobras enviou
nesta terça (6) uma carta ao escritório de advocacia do presidente da OAB,
Felipe Santa Cruz, comunicando que está cancelando o contrato que mantinha com
ele.
O escritório atuava em
causas trabalhistas. No ano passado, venceu uma causa estimada em R$ 5 bilhões
que seriam pagos como horas extras atrasadas a funcionários embarcados nas
plataformas de petróleo da estatal.
O julgamento, no TST
(Tribunal Superior do Trabalho) foi apertado: 6 votos a favor e 5 contrários.
“Era
uma ação rescisória, algo como ressuscitar alguém que morreu. Eu salvei a
empresa na causa trabalhista mais grave que ela já enfrentou”,
afirma Santa Cruz.
Ele afirma que entrará
na Justiça com uma ação para reparação de danos. “Há claramente uma perseguição
política em curso”, diz.
O advogado foi atacado
na semana passada por Jair Bolsonaro.
Ao reclamar que a
entidade tinha entrado com uma ação para impedir a quebra do sigilo telefônico
do defensor de Adélio Bispo, que o esfaqueou na campanha eleitoral do ano
passado, o presidente afirmou que, se Santa Cruz quisesse saber como o pai,
Fernando Santa Cruz, desapareceu durante a ditadura militar, poderia contar.
Depois, afirmou que
Fernando Santa Cruz foi morto por militantes de esquerda.
O presidente da OAB foi
ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedir esclarecimentos de Bolsonaro, que tem
duas semanas para explicar suas afirmações.
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